O ex-presidente-executivo (CEO) da falida Nortel Networks e dois outros ex-executivos foram absolvidos nesta segunda-feira, 14, da acusação de falsificar relatórios financeiros para, segundo os promotores do caso, reportar lucros e obterem bônus.
O juiz do Superior Tribunal de Justiça de Ontário, no Canadá, Frank Marrocco, rejeitou todas as acusações contra o ex-CEO Frank Dunn, o diretor financeiro Douglas Beatty e o controller Michael Gollogly. A decisão foi proferida quatro anos depois de Nortel ter entrado com pedido de recuperação judicial e ter levado a cabo a liquidação dos seus ativos.
Cada executivo foi processado por duas acusações — de participar de um esquema de fraude dos livros contábeis no período de 2002 a 2003, de modo a obterem US$ 12,8 milhões em bônus, e garantir ações para si mesmos. Eles foram demitidos em 2004 e se declararam inocentes quando o caso foi a julgamento no ano passado.
Os homens se abraçaram e felicitaram um ao outro após os vereditos, segundo agências internacionais.
A Nortel chegou a ser a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo. Durante o boom do mercado de telecom e internet década de 1990, a empresa chegou a ter mais de 95 mil funcionários. No 2000, a companhia foi responsável por um terço das negociações na Bolsa de Toronto e seu valor de mercado chegou a US $ 297 bilhões.