Wearables: o futuro é corporativo

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Muito se fala sobre o impacto dos wearables em áreas como fitness, medicina ou mesmo militar, mas o futuro dos dispositivos vestíveis parece ser corporativo. Na outra extremidade do mercado consumidor, estão os wearables voltados para o mundo corporativo, capazes de proporcionar acesso fácil, transparente e em tempo real e, principalmente, hands free, aos sistemas de informação. De acordo com um estudo da ISACA (Information Systems Audit and Control Association), as tecnologias vestíveis devem se tornar cada vez mais parte do ambiente corporativo à medida que os dispositivos são lançados para funções bem específicas. Segundo o estudo, 55% das empresas de tecnologia na Ásia devem implementar tecnologias vestíveis até o final de 2015. Além disso, 40% dos entrevistados acreditam que os wearables e a Internet das Coisas podem melhorar o processo de tomada de decisão, enquanto outros 34% concordam que esses aparelhos trarão melhorias, mas não sabem como isso vai acontecer.

A ideia desses dispositivos nos ambientes corporativos é que os aparelhos sejam usados por executivos e funcionários como parte integrante de suas ferramentas de trabalho. O uso mais comum é para comunicação diária, como o envio de alertas e avisos. Essas implementações móveis serão, no futuro, capazes de aumentar a produtividade, reduzir o trabalho repetitivo e criar mais interação entre os colaboradores e parceiros, tudo em tempo real. Imagine que um trabalhador em campo precise seguir uma série de passos que ainda não foram memorizados. É muito mais fácil e rápido tocar no dispositivo e visualizar a instrução via óculos inteligentes, do que segurar manualmente um smartphone, tablet ou uma prancheta.

A tendência nesse mercado não é testar todos os produtos introduzidos no mercado, mas compreender quais deles farão a empresa prestar serviços melhores e mais rápidos, corrigir prejuízos de produtividade e entregar a melhor experiência para o cliente. O maior desafio será exatamente a identificação de como o negócio será beneficiado e a razão para a adoção de um dispositivo e não de outro. Por causa da grande especificidade dos wearables, o fenômeno de expansão de uso será oposto a dos smartphones: do mundo corporativo para fora.

Uma pesquisa da Forrester, com mais de dois mil decisores de TI, pode ajudar a entender o futuro corporativo dos vestíveis. Ao perguntar para os decisores sobre a importância de ter uma estratégia que suporte dispositivos wearables nos próximos 12 meses, quase metade deles reportou que eles são prioridade. Para 32% deles, os dispositivos vestíveis são "críticos" ou têm "alta prioridade" na estratégia corporativa. Mais um indicador de que o futuro destas tecnologias vestíveis está nas 'dores' corporativas.

Fernando Areias, diretor geral da Liferay para a América Latina.

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