A Foxconn, fabricante de equipamentos eletrônicos em regime de terceirização, divulgou comunicado neste fim de semana negando os recentes rumores de que poderia encerrar as atividades na China. O boato surgiu após os suicídios de empregados ocorridos em sua fábrica na cidade de Shenzen, no sul daquele país.
Ao contrário das especulações, a empresa declarou que pretende "expandir ostensivamente" sua presença no país. Segundo informações do The Wall Street Journal, os investimentos serão destinados à melhoria das operações e à criação de novas unidades.
Depois das investigações feitas em conjunto por Apple, Dell e HP, clientes da companhia chinesa, foi levantada a hipótese de que os suicídios tiveram como causa os salários extremamente baixos, a extensa carga horária e más condições de trabalho.
Em resposta, a Foxconn decidiu aumentar, por meio de pequenos anúncios feitos ao longo dos últimos dois meses, os salários dos empregados em até 100%. A fabricante antecipou que as despesas extras com os reajustes serão pagas pelos clientes, já que, segundo o CEO da Foxconn, Terry Gou, a enorme demanda que recebem é que tem levado os empregados a trabalhar tantas horas seguidas.
A Foxconn também informou no fim de semana que os planos de expansão não envolvem a transferência de funcionários entre suas unidades e muito menos o fechamento da fábrica de Shenzen. "Estamos ativamente contratando, principalmente para a unidade em que foram registrados os suicídios", diz a empresa no comunicado.
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