SciCrop ganha prêmio para criar Green Pixel, mapa de ESG do Brasil

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SciCrop, startup de big data analytics para o agronegócio, foi escolhida pelo fundo internacional de fomento à inovação agrícola Land Innovation Fund através do Programa Soja Sustentável do Cerrado (PSSC), fruto da parceria entre o hub de inovação AgTech Garage e o Land Innovation Fund (LIF), com apoio estratégico da Embrapii e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), para criar o primeiro Mapa do ESG do Brasil, o Green Pixel. A solução será desenvolvida em blockchain CPQD Trace e vai monitorar por geoprocessamento de imagens via satélite áreas a serem preservadas no bioma cerrado visando incentivar fazendeiros e agricultores a preservar florestas e vegetação nativa em suas propriedades, através do apoio de grandes empresas que precisam avançar em seus desafios de neutralização de carbono, além de promover a ação de ONGs para desenvolvimento social.  

A SciCrop foi uma das quatro startups selecionadas para receber o aporte financeiro do Startup Finance Facility (SFF), iniciativa inédita de gestão e fomento a inovações que contribuem para uma cadeia de suprimentos da soja sustentável, livre de desmatamento e conversão de vegetação nativa. O SFF dispõe de R$ 3,4 milhões para catalisar o desenvolvimento, a testagem e a implementação de soluções. Com o investimento recebido, o Green Pixel que deve estar no ar no primeiro trimestre de 2023. 

O primeiro bioma a ser protegido e desenvolvido pelo Green Pixel será o Cerrado, no entanto, o objetivo dos fundadores é expandir para o território brasileiro com um todo. "No bioma brasileiro Cerrado, existe um grande problema decorrente do uso territorial: o desequilíbrio do desenvolvimento socioambiental. Em um mesmo ambiente existem grandes produtores de grãos, que geram riqueza para o país e proporcionam a produção de alimentos para o mundo e pequenos produtores e famílias que praticam agricultura e pecuária de subsistência. Ambos os grupos usam a terra e o meio ambiente como fonte primária de renda, mas entre eles existe uma grande diferença de distribuição de renda e um abismo social. Essas diferenças acabam resultando no uso não sustentável do solo, o que coloca em risco o bioma, além de aumentar a vulnerabilidade de parte da população", comenta José Damico, CEO e fundador da SciCrop.  

Para resolver a equação, o Green Pixel pretende buscar o investimento da iniciativa privada, tais como bancos e grandes empresas que têm negócios de forte impacto ambiental, além de indústrias que em sua operação fazem grande emissão de gases de efeito estufa, e precisam tomar ações de ESG para promover a sustentabilidade e diminuir a pegada de carbono. "Vamos dividir o território brasileiro em Pixels de 10×10 metros e ofertaremos smart contracts ao setor privado, que comprará pixels territoriais representando as áreas de preservação no cerrado ou a serem recuperadas (excedentes as que legalmente já devem ser protegidas), especificamente dentro de propriedades produtoras de grão. O objetivo principal é o combate ao desmatamento do bioma do Cerrado", explica Damico.  

O valor investido no Green Pixel pela iniciativa privada será aplicado de três formas: 60% para serviços tecnológicos de parceiros cadastrados para auxiliar a produção de alta produtividade de grãos, em conformidade com o combate ativo ao desmatamento; 30% será direcionado a ONGs para projetos sociais na região – que criem oportunidades a alunos de escolas rurais para trabalharem no setor ambiental; e 10% será para custos de monitoramento recorrente das áreas produtivas e de preservação, operacionalização da plataforma, emissão de smart contracts na blockchain CPQD Trace, além da intermediação de recursos aos prestadores de serviços.


O Green Pixel usará tecnologia blockchain somada a geoprocessamento de imagens por satélites para garantir e comprovar a proteção do bioma e o combate ao desmatamento na região. O emprego desta tecnologia permite fazer tudo de forma remota, mensurável e com rastreabilidade. O smart contract em blockchain assegura o registro irrevogável de preservação das áreas protegidas em um período de tempo e descreve os produtores envolvidos, as empresas compradoras do Green Pixel e que regiões estão protegendo, além de descrever as ONGs que participam do projeto e que levarão benefícios tangíveis ao local.  

Com o projeto, ter área protegida será visto pelos agentes da cadeia como vantagem competitiva e fator de transformação tecnológica aos produtores, além de promover impacto social regional. "Não existe forma de combater o desmatamento sem ofertar ajuda social para a região", enfatiza Damico.  

A história da SciCrop que levou à criação do Green Pixel  

A SciCrop tem se destacado no mercado como uma das empresas mais inovadoras, com o uso de Big Data Analytics e Inteligência Artificial no agronegócio. Foi a primeira agtech residente no Google For Startups, além de ter sido validada em programas de aceleração da Endeavor e Deloitte.  

Com experiência comprovada no monitoramento remoto da produção de grãos em todo o território brasileiro, já prestou serviços para instituições, além de empresas e associações de produtores, entre eles, a Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, a Fundação ProCafé e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag). Em 2021, a expertise da SciCrop foi utilizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para levantamento dos danos das geadas em 1.2 milhão de hectares de café nos estados de MG, SP e PR, para a destinação de recursos do FunCafé para os cafeicultores. Tal levantamento foi inclusive validado pela CONAB. Além disso, a SciCrop já validou a produção de soja de maneira remota em mais de 11.000 talhões, com dados específicos por área, data de plantio e de colheita.  

Desde 2016, a SciCrop possui a solução Webfarms, para monitoramento de Reservas Legais, Hidrografia e Unidades de Conservação para todo o território nacional. Atualmente, o Webfarms também oferece cálculo remoto de biomassa de propriedades para o quantificação de CO², como pode ser observado na imagem abaixo: 

  

Em 2017, o time da SciCrop executou projeto financiado pela FAPESP para criação de blockchain no Agro com suporte a tokens baseados em smart contracts.   

Land Innovation Fund   

Criado com aporte inicial da Cargill e com gerenciamento a cargo da Chemonics International, o Land Innovation Fund apoia iniciativas que promovam uma cadeia produtiva da soja sustentável e livre de desmatamento, e que gerem impacto econômico e socioambiental positivo em áreas agrícolas de três biomas prioritários na região: Cerrado, Gran Chaco e Amazônia. O Fundo fomenta inovações que gerem aumento de produtividade por meio de práticas sustentáveis, mecanismos e abordagens que incentivem produtores a conservar e restaurar florestas e vegetações nativas e ações capazes de mobilizar redes e recursos em prol da transformação da cadeia produtiva da soja.  

SciCrop

SciCrop é uma agtech fundada em 2015 por José Damico e Renato Ferraz, que se posiciona como a empresa de Big Data Analytics no #Agro e cadeias correlatas. Através de sua plataforma de Analytics as a Service, a SciCrop oferta uma infinidade de módulos de inteligência artificial que aceleram a transformação digital nas empresas. Presente em mais de 60 grandes empresas nacionais e multinacionais, a plataforma da SciCrop provou ser altamente escalável, uma solução disruptiva, adaptável a qualquer empresa do setor. Entre os investidores estão Alexandre Mendonça de Barros, José Roberto Mendonça de Barros e José Carlos Hausknecht, do Grupo MB Agro e MB Associados, o fundo de venture capital Rural Ventures, além de aproximadamente executivos qualificados do setor. 

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