Defesa terá cinco transponders e 288 MHz no Br1Sat

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Embora o grupo executivo criado por decreto presidencial para elaborar os requisitos técnicos do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) – anteriormente chamado apenas de Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) – não tenha sido formalizado, já está bem adiantada a RFP (Request for Proposal) para a contratação do BR1Sat, que terá capacidade em banda X para uso das Forças Armadas e em banda Ka para uso da Telebras. A expectativa é que o documento seja finalizado ainda este mês.

O Ministério da Defesa terá 288 MHz em cinco transponders de comunicação na banda X. A capacidade é significativamente superior ao que a Defesa tem hoje: dois transponders alugados nos satélites C1 e C2 da StarOne e um canal em banda Ku também alugado no satélite C1. "Esses satélites vão começar a estrangular a rede. Vou ter crescimento de tráfego porque serão implantados sistemas de monitoramente de fronteiras, tanto terrestre quanto marítima", afirma o coronal Edwin Pinheiro da Costa, um dos responsáveis pelo projeto no Ministério da Defesa.

Atualmente, o Sistema de Comunicações Militares por Satélite (Siscomis) é formado por uma rede com links satelitais, de fibras óticas e radioenlaces digitais que atendem a cerca de 400 Organizações Militares, na sua grande maioria permitindo transmissão de voz, dados e videoconferência.

Os militares terão um spot de cobertura global (que, apensar do nome, irá proporcionar cobertura do Oceano Atlântico e uma menor cobertura na região do Pacífico e América do Norte), outro direcionado para o Brasil e um terceiro, menor, móvel, que poderá ser direcionado para qualquer lugar do globo. O Coronel Edwin explica que esse spot móvel será usado, por exemplo, para dar comunicação a um submarino brasileiro que navegue fora da área de cobertura regular.

O planejamento do Ministério da Defesa prevê o lançamento de um satélite com capacidade em banda X a cada cinco anos. Se o primeiro for lançado até o final de 2014, como determinado em decreto presidencial, em 2019 seria lançado o segundo, e assim sucessivamente. Esse planejamento leva em conta que a vida útil de um satélite é de em média 15 anos, o que significa que no lançamento quarto satélite, terá chegado o fim da vida útil do primeiro. A ideia é que haja sempre uma frota de três satélites disponíveis.

De acordo com as especificações que estão sendo criadas, o centro de comando e controle do satélite ficará obrigatoriamente em área militar. Serão duas estações de controle, uma principal, em Brasília, e outra secundária no Rio de Janeiro. Outra decisão que já está tomada, determinada em decreto presidencial, é que apenas a Telebras e Ministério da Defesa poderão operar o satélite. O controle da posição do satélite será conjunto, mas a operação das comunicações serão separadas. A Defesa opera o serviço em Banda X e a Telebras, em Banda Ka.

Evento

Nos dias 13 e 14 de setembro, a Converge Comunicações (que edita este noticiário) realiza, no Rio de Janeiro, o Congresso Latinoamericano de Satélites. O desenvolvimento do projeto do satélite brasileiro é um dos temas de debate, com representantes de autoridades  e das empresas que participam do projeto (Visiona, Embraer e Telebrás, além dos militares). O evento discute ainda as perspectivas de evolução do mercado de satélites no Brasil. Mais informações pelo site www.tiinside.com.br/eventos.

 

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