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Dispositivos vestíveis são tendência na medicina, mas ainda há barreiras

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Apesar de parecer um campo novo, o mercado de wearable devices — ou dispositivos vestíveis — já existe há muitos anos na forma de aparelhos para medir batimentos cardíacos, monitorar corridas, entre outras funcionalidades, em sua maioria voltados para as áreas de fitness e bem-estar. Com a evolução da tecnologia, a tendência é que esses dispositivos sejam introduzidos na medicina, ajudando assim a reduzir gastos e melhorar o tratamento de pacientes, possibilitando o monitoramento do médico à distância. Esta, ao menos, é a aposta de Sonny Vu, CEO e fundador da fabricante americana de produtos de computação portáteis Misfit Wearables e da desenvolvedora do dispositivo Shine para monitoramento de atividades físicas, AgaMatrix.

Para Vu, apesar dos benefícios, o maior desafio da aplicação de dispositivos móveis e vestíveis na medicina é a certificação exigida. Nos Estados Unidos, por exemplo, é preciso da certificação da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, em inglês). “Normalmente, a empresa que fabrica esses dispositivos não é da área médica, e isso pode ser um empecilho”, destacou o executivo durante a 4ª edição do Fórum Saúde Digital, evento promovido pela revista TI INSIDE, realizado nesta quarta -feira,14, em São Paulo. “Não é um problema de performance tecnológica, e sim de autorização.”

Ainda assim, a aplicação desses dispositivos naquele país tem sido cada vez maior. Vu ressaltou que os aparelhos vestíveis já são aplicados em estudos médicos, monitoramento da saúde, tratamentos e a ideia é, em breve, começar a aplicar em hospitais. Já para o mercado brasileiro, a estimativa é de um atraso de um a dois anos na aplicação dos aparelhos vestíveis na área da saúde. “Mas naturalmente virá. A área de saúde digital é uma das melhores formas de economizar dinheiro e melhorar processos. Países de grande extensão têm muito a ganhar com isso”, completou.

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