Não foram poucas as vezes que ouvimos alguém dizer que "2020 não valeu", não é mesmo?! Isso porque, desde janeiro vimos o mundo ser devastado por conta de um vírus que ficou conhecido como COVID-19. Todos os dias acompanhamos notícias do crescimento do número de infectados e, infelizmente, no número de óbitos também.
No Brasil, temos passado por momentos de tensão e tristeza desde março e sem previsão de uma volta à normalidade de antes. Não só a saúde, que foi a prioridade, mas também a economia foi afetada em todo o país. Empresas fecharam suas portas e muitas pessoas foram demitidas.
Por outro lado, como é costume do brasileiro, milhares de empresários passaram a se reinventar diante dos novos desafios e entregar novos serviços, produtos e valores a seus clientes. Os profissionais de marketing foram diretamente impactados por essas novas demandas de comunicação e passaram a se questionar: como manter a comunicação com o público em um momento tão delicado?
O que vimos foi uma enxurrada de criação de vídeos, streamings e mensagens que estavam mais focadas no lado positivo da vida, em proporcionar possíveis soluções e, principalmente, no propósito coletivo. Grandes marcas foram ágeis em se movimentar e criar conexões com seus clientes. É o caso dos Bancos Itaú, Bradesco e Santander, que estão com campanhas publicitárias de ajuda nessa travessia, acesso à crédito e outras formas de ajuda ao seu público.
Estamos no quinto mês de quarentena e não sabemos nem quando nem como tudo isso vai acabar. Mas a pergunta que fica aos profissionais de marketing e comunicação é: será que essa onda positivista e mais focada no indivíduo e menos nos negócios vai passar ou será mantida pelas grandes marcas?!
Minha aposta é que deveremos ver um novo mix de comunicação surgindo no pós-pandemia. Isso porque acredito que as grandes marcas finalmente entenderam que os negócios e faturamentos são importantes, mas as pessoas vêm em primeiro lugar!
Celso Vergeiro, CEO da Adstream.