Google propõe a países regras de privacidade da informação

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O Google conclamou nesta sexta-feira (14/9) a comunidade internacional a unir esforços para a criação de normas que permitam proteger globalmente tanto a privacidade como a segurança das pessoas e empresas durante a troca de informações.

O apelo foi feito pelo chefe de privacidade da empresa, Peter Fleischer, durante fórum sobre internet que as Nações Unidas realiza em Estrasburgo, na França. O executivo do Google afirmou que a maior parte dos países não tem leis sobre privacidade e regras claras sobre proteção de dados.

Para tentar convencer as empresas de internet e membros de governos presentes ao evento, o executivo usou como exemplo o fato de que, quando uma pessoa usa um cartão de crédito, os números de seu cartão passam por até quatro países até serem validados, o que abre inúmeras brechas de segurança.

Fleischer propõe que seja criado um conjunto de regras básicas sobre proteção da informação online e que elas sejam submetidas à aprovação de um número mínimo de países. A partir de uma proposta inicial, acredita ele, seria possível criar um consenso internacional sobre como proteger dados online.

Em comunicado divulgado nesta sexta, o Google reforça os argumentos de Fleischer sobre a necessidade de se ampliar as iniciativas de privacidade. O documento ressalta que algumas organizações têm feito progressos no desenvolvido de padrões de privacidade e cita como exemplo a Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC), que criou um modelo de privacidade de nove pontos para ajudar os países na elaboração de políticas.

O principal argumento do Google é que o uso cada vez mais intensivo de telefones celulares, cartões de crédito, e-mails, blogs, redes sociais e várias ferramentas que nos facilitam e melhoram a comunicação e a troca de informações aumentam exponencialmente os riscos de quebra da privacidade e da segurança das pessoas.

Para os especialistas, porém, a tarefa de convencer órgãos reguladores de diversos países, organizações internacionais e companhias privadas sobre a necessidade de se criar um padrão único de privacidade não vai ser nada fácil. Eles observam que o próprio Google é freqüentemente apontado por organizações de defesa da privacidade de adotar regras invasivas de pesquisa e armazenar dados sobre seus usuários.

Em junho passado, por exemplo, o Google declarou que iria deletar os dados de busca que armazena em seu servidor após 18 meses, como parte de um esforço para reduzir a preocupação sobre privacidade da União Européia. Mas os especialistas acham que vai ser preciso mais que isso para sensibilizar o bloco e outros países.

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