A segurança da informação nos ambientes de computação em nuvem é atualmente uma das maiores preocupações das empresas brasileiras, o que deve impulsionar a demanda por soluções de proteção de dados. Uma pesquisa recente com diretores de TI de empresas de diversos segmentos da economia, divulgado pela Frost & Sullivan, revela que 78% dos executivos citam a segurança da informação como o fator mais importante a ser levado em consideração no momento de adotar sistemas computacionais baseados na nuvem, localizados em data centers remotos que podem ser acessados pela internet.
Com base nessa constatação, a empresa de consultoria e pesquisa projeta que o mercado brasileiro de segurança da informação deve movimentar US$ 244,4 milhões neste ano, o que, se confirmado, representará uma expansão de 16,6% ante os US$ 209,5 milhões de 2010. O estudo aponta ainda que o segmento de proteção de dados terá um crescimento médio anual de 14% até 2016, totalizando US$ 458,6 milhões. A área de serviços gerenciados de segurança, por exemplo, deve aumentar a participação sobre o total de 47%, em 2010, para 51% em 2016.
"A maior utilização de dispositivos móveis por funcionários no ambiente de trabalho, como tablets e smartphones, também será um impulsionador do investimento em soluções de segurança nos próximos anos", avalia Fernando Belfort, analista sênior da Frost & Sullivan. Segundo ele, essa expansão está atrelada, em boa parte, ao aumento da adoção em larga escala da computação em nuvem pelas companhias no país.
Atualmente, aponta o relatório, 54% das empresas já moveram suas operações para a nuvem, contra 46% que ainda não adotaram. Mas a consultoria avalia que a migração de sistemas computacionais baseados na nuvem pelas empresas devem aumentar no próximo ano, já que 66% dos CIOs entrevistados afirmaram que investirão na tecnologia. Ainda de acordo com o estudo, o uso de ambientes privados de computação em nuvem deve diminuir, com a participação reduzindo de 70,4%, em meados deste ano, para 60,6% no ano que vem. Na mesma base de comparação, a adoção de ambientes em nuvem públicos deve aumentar de 18,5% para 21,2%, enquanto que o uso de ambientes híbridos (privado e público), subirá de 11,1% para 18,2%.