NEC disputa contrato para fornecer TIC à Arena Pernambuco

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A NEC está disputando contrato para ser o integrador do que talvez seja o maior projeto para uso de TICs relacionado à Copa do Mundo. Em Recife, o governo de Pernambuco fez uma PPP com a Odebrecht para construir o estádio que receberá os jogos, a Arena Pernambuco, mas não só isso. Como a região escolhida é desabitada, o governo pretende desenvolver uma cidade inteira no entorno para que o estádio não se torne sub-utilizado com o fim dos jogos da Copa.

Além do estádio, o projeto prevê a construção de uma arena indoor com capacidade para 15 mil pessoas. A nova cidade, que pertence ao município de São Lourenço da Mata, a 19 km do centro do Recife, também terá um campus da Universidade Estadual de Pernambuco, centro de convenções, centro comercial, dois hoteis e áreas residenciais de classe A, B e C. “O governo quer criar uma vizinhança para que o estádio não se torne um elefante branco depois da Copa do Mundo”, afirma Massato Takakuwa, diretor de vendas da NEC.

Um dos pilares da construção da Arena Pernambuco é que ela se torne sustentável, ou seja, consiga ser rentável mesmo depois da Copa do Mundo. Para isso, além de construir o entorno, a gestão do estádio foi entregue à iniciativa privada e há uma forte aposta em TIC. “O brasileiro só paga R$ 500 para assistir a um show se ele tiver segurança, se ele puder enviar a foto na hora pelo celular etc”, afirma Takakuwa.

Mas não é só o estádio que receberá investimento em TIC, a cidade também promete ser uma das primeiras cidades inteligente do Brasil. Haverá cobertura Wi-Fi em quase toda a cidade, centro de operação de câmeras de vigilância, identificação biométrica etc. “O que há de mais moderno em TIC vai ter na Cidade da Copa”, diz o executivo.

A construção do estádio já começou, mas para o restante da cidade a empresa criada entre a Odebrecht e o governo de Pernambuco para tocar a obra está em busca das licenças ambientais. Para a fase 1, que tem de estar concluída em 2014, além do estádio, estarão prontos a arena indoor, um hotel, uma parte do centro de convenções e uma parte do centro comercial e o campus universitário. O investimento previsto para a fase 1 é de R$ 800 milhões, sem considerar o estádio. A fase 2, que vai de 2014 a 2018, prevê a construção do restante da área comercial, do centro de convenções e a construção das áreas residenciais.

De acordo com Takakuwa, o integrador para a área de TIC deverá ser escolhido até o final do ano. A NEC junto com outras empresas como a Cisco, neste momento, está participando da fase de planejamento.

Para Takakuwa, não existe nenhuma outra cidade-sede da Copa tão estruturada como Recife. Ele acredita que será inevitável que algumas cidades não consigam tornar financeiramente sustentáveis depois da Copa os estádios que estão sendo construídos agora. “A construção do estádio tem que ser pensada para dar lucro depois da Copa. Se não tiver alguém pensando em business, depois da Copa aquilo acaba, como estão acontecendo com os estádios da África do Sul”.

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