Furukawa anuncia investimento de US$ 150 milhões para expandir produção de fibra óptica

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A centenária empresa japonesa Furukawa, que tem operação no Brasil há mais de 40 anos e utiliza o país como base para a América Latina e outros países, anunciou nesta quarta-feira, 14, no Japão, investimento de US$ 150 milhões em novas unidades fabris para ampliar a capacidade produtiva de fibra ótica.

O aporte será feito nos próximos dois anos, concentrado principalmente nos Estados Unidos. O presidente/CEO da Furukawa Electric LatAm e VP sênior do Grupo Furukawa Electric, Foad Shaikhzadeh, explica que a empresa diversificou o portfólio de produtos nos últimos anos, passando a oferecer soluções para diferentes setores e segmentos da economia, a exemplo dos data centers.

A fibra óptica é a base das redes de telecomunicações mais modernas, em substituição aos cabos de cobre. Nas fibras, o filamento composto de vidro ou de materiais poliméricos flexíveis têm capacidade de transmitir luz e dados ao longo de grandes distâncias, sem sofrer interferências eletromagnéticas, o que aumenta o rendimento – a velocidade de transmissão de dados, redução de falhas e amplia a segurança.

O investimento internacional da Furukawa anunciado hoje também terá influência no Brasil, onde 20% dos cabos vendidos pela Furukawa são importados, informa Foad Shaikhzadeh. O executivo afirma que em 2016 a fabricante produziu 2,3 mil quilômetros de fibra, para um mercado que consome um total de algo entre 3,2 mil e 4,4 mil Km.

Também na América Latina, a fabricante vem realizando, desde o ano passado, investimentos na expansão da produção fabril, que devem totalizar US$ 25 milhões até o final de 2018. Mesmo diante da crise econômica vivida na região, o presidente regional da Furukawa LatAm diz que a receita da empresa deve apresentar crescimento entre 10% e 12%, saltando de R$ 730 milhões para quase R$ 820 milhões.

A operação é dividida em três mercados: operadoras de telecom e do setor elétrico, canais de distribuição e exportação. A médio prazo, o plano é que a receita seja gerada em parcelas iguais por estes setores, mas a longo prazo a ideia é que as exportações respondam por 50% dos resultados. "Hoje, no Brasil, os provedores de acesso à internet respondem pela metade da nossa receita", diz Foad Shaikhzadeh.

Segundo ele, o aumento de consumo de fibra se justifica pelo processo de digitalização das economias, com forte tendência de ampliação do consumo dos serviços de data center, internet das coisas (IoT) e, principalmente, mobilidade, com a chegada das redes 5G.

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