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Cloud como estratégia de crescimento de negócios para os ISPs e não apenas para os clientes finais

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É um fato conhecido que toda empresa precisa compreender rapidamente as demandas de inovação que necessitam atender, para se adequarem às mudanças do mercado e às tendências de transformação digital. Com um ISP (Internet Service Provider) não poderia ser diferente e, ainda com um agravante: os provedores estão na base da evolução tecnológica em curso, o que significa que precisarão se preparar não apenas para atender aumentos de tráfego, mas no volume de dados armazenados e processados, especialmente em nuvens.

A interconectividade e a oferta de serviços complementares também estão no radar dos ISPs que precisão ter uma preocupação básica complementar: oferecer segurança para os dados que processam e armazenam devido à mudança de padrão de uso de internet que multiplicou em diversas vezes as portas para ataques e falhas de segurança.

Se por um lado a pandemia trouxe consigo a necessidade de aceleração da transformação digital para todos os tipos de negócios, por outro, aumentou a importância estratégica da hospedagem de dados, coincidindo ainda com a entrada em vigor no Brasil, da Lei Geral Proteção de Dados – LGPD, que desde 1° de agosto deste ano já fornece base para a aplicação de multas contra empresas que não incluíram a segurança da informação dentro dessa jornada de digitalização. Lembrando que há muitos ISPs que armazenam os dados de seus clientes em servidores situados em outros países, os quais precisarão, além de informar sobre esta prática, terem equipamentos com um nível de segurança ainda maior.

Diante desse cenário, que ainda inclui movimentos de mercado que indicam forte tendência de consolidação no setor, será que os ISPs estão analisando todas as possibilidades de transformação de suas próprias estruturas? Será que têm enxergado todas as potencialidades que a Cloud Computing oferece como negócio, além de seus cuidados em função da LGPD, que podem ser tanto um fator de melhoria de oferta de serviços aos clientes, como de valorização do próprio serviço?

A nuvem se tornou um dos serviços essenciais para o funcionamento do ecossistema de serviços de internet e das empresas. Não há mais volta e isto não é novidade. Porém, há que se ter uma estratégia completa de transformação também para quem é a nuvem, e, portanto, de investimentos, que possibilitem a oferta de serviços agregados, inovação, melhoria no relacionamento com o cliente final e, claro, aumentem a receita do negócio.

De acordo com relatório da IDC Brasil, divulgado em abril deste ano, a Cloud avança como elemento-chave na infraestrutura de TI dos negócios. Somados, os gastos com infraestrutura (IaaS) e plataforma (PaaS) em nuvem pública no Brasil devem atingir US$ 3,0 bilhões, o que representa um crescimento de 46,5% em relação a 2020.

O serviço de nuvem pública possibilita maior flexibilidade, agilidade e escalabilidade, combinando micro serviços, conexões com multi nuvens e soluções prontas, que agregam ao modelo de entrega.

Eis aqui uma janela de oportunidade. Quando falamos em nuvens públicas como serviço, além de agregar possibilidades que vão além da conectividade ofertada para o cliente final, também permitem que o provedor otimize o pagamento de impostos, por ser um serviço de valor agregado (SVA), por exemplo.

O ISP precisa olhar a transformação do negócio dele e basear suas tomadas de decisão, de forma que a venda do serviço de conectividade e a nuvem caminhem juntas no processo de entrega para o cliente. Ao fazer esse movimento, abrem-se oportunidades para atendê-lo em todas as suas frentes de entrega, ao mesmo tempo que se torna possível uma constante inovação e o surgimento de novas soluções.

A nuvem, financeiramente, é atrativa porque hoje os ISPs têm a possibilidade de trabalhar com serviços de valor agregado, na medida em que também há vantagens com a redução de impostos. Some-se a isto, a natureza do cliente que é procurar empresas que forneçam soluções “end-to-end”, desde o link até a nuvem.

O resultado é que a demanda cada vez maior por volume de dados e por uma internet de qualidade (disponibilidade, latência e alcance territorial), fortalece as soluções em nuvem, ao mesmo tempo em que transforma alguns dos elementos que compõem este ecossistema e commodity, como a conectividade, quando considerada isoladamente.

As empresas estão em uma jornada de transformação digital que não terá fim e a nuvem é a ponta do iceberg, para que todo o restante da cadeia funcione de forma harmônica. As empresas têm sido cada vez mais criteriosas em seus processos de reinvenção tecnológica, já que perceberam que se o caminho para a cloud computing é inevitável, que seja percorrido de maneira racional e com a máxima visão de longo prazo possível.

É neste momento que a segurança dos dados se torna sensível e estratégica. E integrar os conceitos da LGPD para segurança atual e futura dos negócios passa a ser uma necessidade básica.

De cara, os fornecedores de Cloud precisam informar seus clientes onde os dados dele estarão armazenados, já que a interconectividade pode fazer com que parte esteja em território estrangeiro; e quais as ferramentas de gestão e de prevenção para os casos de perda de dados.

Mais ainda: quais as precauções que o próprio ISP tem para com seus colaboradores, os quais têm sido, muitas vezes, a origem do acesso indevido ou da abertura de portas para vazamento de informações de clientes.

A resposta, claramente, está na escolha das ferramentas e dos processos que serão utilizados na base, ou seja, nos provedores, que devem ser definidos após uma ampla análise do mercado de Cloud e do negócio dos clientes que atende.

Nilson Fernandes, especialista em Soluções de Cloud da Connectway.

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