Um novo estudo da Acronis trouxe à tona dados preocupantes sobre a jornada de trabalho das mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI). Segundo a pesquisa, 71% das profissionais afirmam que trabalham horas extras para conseguir avançar na carreira, e esse número reflete as dificuldades que as mulheres ainda enfrentam em um setor dominado majoritariamente por homens.
Essas profissionais de tecnologia sentem que precisam fazer um esforço maior que seus colegas do sexo masculino para obter reconhecimento e oportunidades de crescimento. A pesquisa também sugere que esse cenário as sobrecarrega, muitas vezes as obrigando a sacrificar sua vida pessoal em prol do desenvolvimento profissional. Isso é evidenciado por relatos de jornadas de trabalho irregulares e exaustivas, especialmente em horários noturnos e aos fins de semana.
Empresas que promovem a inclusão de mulheres e criam um ambiente de trabalho mais equilibrado tendem a ser mais inovadoras. Para a Chief Growth Officer da fintech P3 Eduarda Camargo, a diversidade de perspectivas é um elemento importante para a resolução de problemas complexos, algo que a área de TI constantemente demanda, no entanto, para alcançar esse estágio, é necessário que as companhias ofereçam mais suporte, garantindo oportunidades iguais para todos.
“Esses dados são um alerta para o setor, uma vez que reforçam a necessidade urgente de reformas na cultura corporativa, que deve passar a valorizar a competência e o talento, em vez de exigir sacrifícios desproporcionais. Somente assim será possível criar um ambiente verdadeiramente inclusivo e equitativo, onde mulheres possam progredir sem que isso signifique uma sobrecarga em suas vidas pessoais e profissionais”, diz.