Como a falta de profissionais de TI pode comprometer negócios

0

Há tempos o mercado discute meios de tentar suprir – ou ao menos reduzir – a escassez de profissionais de Tecnologia da Informação (TI). Dados divulgados recentemente pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e de Tecnologias Digitais) indicam que os empregos no setor de TIC, que engloba TI e Comunicação, cresceram 14,4% em 2021. Ainda de acordo com a Brasscom, o déficit de profissionais de TI deve chegar a 797 mil até 2025, levando em conta que o setor gere, em média, 159 mil novas vagas por ano. 

A questão é que o ritmo de formação de habilidades não acompanha a velocidade com que cresce a demanda por elas. E como este é um problema que se estende há décadas no setor, o que vemos hoje são desdobramentos que impactam muito mais do que apenas a área de TI: interferem negativamente nos negócios das empresas. 

À medida em que não conseguem fechar a lacuna de habilidades em TI, as organizações vêm enfrentando dificuldades operacionais com a perda de agilidade. Também as iniciativas de inovação ficam comprometidas e começam a surgir obstáculos para melhorar custos de operação dos negócios. 

Um levantamento realizado pela IDC este ano identificou os principais impactos que a falta de profissionais capacitados em TI pode gerar para uma companhia. A perda de agilidade, as dificuldades nos processos de inovação, os obstáculos para otimização de custos, dificuldade em suportar a transformação digital das áreas de negócio e os problemas na segurança da informação, nesta ordem, foram citados como os principais deles. 

A análise considerou respostas de empresas de grande porte (com 500 colaboradores ou mais) e revelou que mais de 40% delas possuem hoje vagas em aberto para profissionais de TI. 

Uma saída que muitas dessas companhias têm encontrado para evitar os impactos da falta de mão-de-obra em TI em seus negócios está na contratação de serviços gerenciados ou serviços profissionais de TI. Tanto é assim que nada menos que 78% das empresas ouvidas pela IDC utilizam esse mecanismo para cobrir lacunas de habilidades técnicas existentes. 

E aí, as consultorias e empresas de serviços gerenciados que lutem para encontrar, formar e reter essas habilidades. Muitas têm feito isso com sucesso, seja por meio de programas próprios de formação, de parcerias com instituições de ensino, alianças com startups, com o uso de ferramentas de inteligência para localizar os talentos e até com a mudança nos modelos de contrato com seus colaboradores. Mas aí é assunto para outro artigo. 

Paulo Marcelo, CEO da Solutis. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.