O gerenciamento de risco está mudando, para melhor

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A gestão de risco no e-commerce brasileiro pode ser comparada à proteção de um castelo: cercado de uma altíssima muralha, ele e seus ocupantes estão seguros contra uma invasão, mas por outro lado, a entrada de importantes recursos pode ser impedida.

A preocupação faz sentido, uma vez que as lojas online podem ser fortemente prejudicadas com transações fraudulentas se não tomarem precauções adequadas. No entanto, o foco exclusivo na "blindagem" contra fraudes, pode diminuir consideravelmente as chances de fechar negócios, refletindo negativamente nos resultados de vendas das empresas.

Contudo, nos últimos três anos, as empresas de e-commerce começaram a mudar seu ponto de vista em relação a utilizar uma gestão de risco muito rígida ou a evitar chargebacks a qualquer custo. A percepção de que elevar pontuações de risco tem como efeito colateral a redução das taxas de conversão acendeu um sinal amarelo para os varejistas.

Mas, a boa notícia é que este cenário está mudando, para melhor. Parte desta mudança de mindset aconteceu porque o e-commerce brasileiro tem acelerado sua curva de profissionalização, refletindo as boas práticas de pagamento de mercados já bastante avançados, como os EUA e o Reino Unido.

Os gestores comerciais nestes mercados estão substituindo a  checagem manual por processos automatizados baseados em algoritmos avançados. A nova tecnologia identifica possíveis padrões fraudulentos e os cruza com dados transacionais históricos permitindo um nível de assertividade altíssimo na gestão de risco. Graças à automatização deste processo, grandes operações de e-commerce se beneficiam com a eliminação de erros, diminuição de custos com grandes equipes e redução do tempo de resposta na aprovação do pagamento e no envio dos produtos.

Sem dúvida, ainda há benefícios na checagem manual. Ela é importante para interagir com os consumidores, mas deve ser pensada como um recurso complementar na identificação de possíveis fraudadores. Após uma análise em tempo real feita por meio de inteligência artificial, o comerciante pode optar por confirmar manualmente algumas transações e aumentar a assertividade.

Quando empregada corretamente, a gestão de fraude pode ser vista como uma fonte de receita importante e não somente como uma maneira de evitar perdas financeiras causadas por fraudes. O investimento em soluções inteligentes torna a proteção contra riscos mais eficiente, pois reduz o risco de fraude sem bloquear bons compradores. Com isso, os índices de aprovação de clientes idôneos aumenta e as perdas financeiras causadas por fraudadores e chargebacks caem. Eles encontraram na automatização o equilíbrio entre a proteção e a conversão, com uma visão precisa da defesa contra a fraude.

Mais novidades estão a caminho para controle de riscos, graças à inovação produzida por empresas do mercado de pagamento e e-commerce. Vemos no horizonte a evolução do m-commerce, com o uso das ferramentas de biometria nos dispositivos móveis, a segurança para vendas omni-channel e a busca incessante por maneiras mais simples de fazer compras. O que é possível fazer imediatamente é abandonar modelos antigos e se beneficiar de recursos inovadores já disponíveis e amplamente utilizados por merchants no mundo todo, importantes para eficiência nos custos e com impactos positivos nos negócios.

Jean Christian Mies, vice presidente sênior da Adyen para a América Latina.

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