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Cabo Brasil-Europa da Telebras começa a ser construído ainda este ano

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Aos poucos, e lentamente, o projeto da Telebras de entrar no mercado de conexão internacional por meio dos cabos submarinos vai avançando. Na última terça, 14, o conselho de administração da companhia aprovou a assinatura de um “pré-acordo” de acionistas com a IslaLink – companhia espanhola dona de um cabo submarino que liga as Ilhas Canárias à Europa. A previsão de investimento no projeto é de US$ 185 milhões.

A companhia será uma empresa brasileira, composta pela Telebras, com 35% do capital social, e IslaLink, com 45%. Trata-se de um pré-acordo justamente porque as empresas ainda buscam o terceiro sócio, que terá uma participação de 20%. De acordo com Caio Bonilha, que até a última terça, 14, era presidente da Telebras, esse terceiro sócio (ou sócios) será nacional, provavelmente fundos de investimento.

“Fizemos questão de que o controle da empresa fosse nacional. A Telebras e mais um sócio vão ter a maioria do capital da empresa. Antes de escolher o terceiro sócio, tivemos a necessidade de apresentar a empresa para a comunidade europeia”, afirma ele, explicando o porquê da assinatura de um pré-acordo, sem a composição acionária definida.

A expectativa, contudo, é de que essa questão acionária seja resolvida “no mais tardar” até abril. Paralelamente, já se iniciou o processo de contratação do fornecedor do cabo – uma RFP foi lançada no ano passado. A previsão da empresa é que a construção do cabo – processo que deve levar cerca de 18 meses – comece no início do segundo semestre. Assim, se tudo correr dentro do previsto, a operação da rota à Europa terá início no começo de 2016.

A rota que ligará o Brasil à Europa (através da IslaLink) e a rota até a África, em que o parceiro é a Angola Cable, são os projetos que de fato começam a andar. A Telebras ainda pretende construir uma rota aos EUA – o que foi engavetado após as denúncias de espionagem reveladas pelo ex-técnico da NSA, Edward Snowden. E está nos planos também uma conexão entre Fortaleza-Santos e Santos-Uruguai, com bifurcação para a Argentina (em Las Toninas).

Hoje o Brasil conta apenas com uma conexão direta à Europa. Trata-se do cabo Atlantis 2, que é controlado por um consórcio de empresas, dentre as quais a Embratel. O Atlantis 2, contudo, já está no limite da sua capacidade e é utilizado basicamente para o tráfego de voz. Segundo Bonilha, a relação do tráfego para a Europa que passa pelos EUA é da ordem de 600 para 1. Daí a necessidade de mais uma conexão direta à Europa.

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