O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta segunda-feira, 15, o Criatec 3, fundo voltado para investimentos em empresas inovadoras com atuação prioritária nos setores de nanotecnologia, tecnologia da informação, biotecnologia, agronegócios e novos materiais. A terceira versão do Criatec contará com sete polos de atuação regional e patrimônio de R$ 200 milhões.
A Inseed Investimentos será gestora nacional do Fundo. Além do BNDES, serão quotistas a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), o Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul), o Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes), o Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG), o Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), a Agência de Fomento do Estado do Paraná (Fomento PR), a empresa Valid S/A, investidores privados e a própria Inseed.
Os sete polos de atuação regional, a serem aprovados pelo Comitê de Investimento do Criatec 3, serão distribuídos nos seguintes Estados: um no Amazonas ou no Pará; um em Pernambuco ou na Paraíba; um na Bahia; um em Santa Catarina ou no Paraná; e três em cidades da Região Sudeste, sendo um deles obrigatoriamente em Minas Gerais e outro no Espírito Santo.
Poderão ser apoiadas empresas com receita operacional líquida anual de, no máximo, R$ 12 milhões. O valor máximo de investimento por empresa, em uma primeira capitalização, será de R$ 3 milhões. No mínimo 25% do portfólio do Fundo deverá ser investido em empresas com receita operacional líquida anual inferior a R$ 3 milhões.
O BNDES, por meio da BNDESPAR, aportará R$ 130 milhões no Criatec 3. Os demais quotistas deverão somar aportes da ordem de R$ 70 milhões e ainda há oportunidade para investidores que queiram aportar até R$ 20 milhões.
Criatec 1 e 2
O resultados dos fundos anteriores levou o BNDES a lançar a terceira versão do Criatec. As empresas investidas pelo Criatec 1, lançado em 2007, apresentaram elevado crescimento, com aumento médio de receita bruta acima dos 30% ao ano. Além disso, cinco delas figuram entre as 100 empresas brasileiras que mais cresceram.
As empresas investidas ainda foram capazes de captar, até dezembro de 2014, R$ 80 milhões adicionais, valor superior aos aportes do Fundo Criatec 1, de R$ 66,2 milhões. Isso mostra que as empresas nascentes de base tecnológica apoiadas pelo fundo conseguiram demonstrar sua atratividade para o sistema financeiro e para o mercado de capitais, inclusive privado.
As empresas do Criatec 1 já requereram 37 patentes no Brasil e nove no exterior. Dessas, 11 já foram registradas (10 no Brasil e uma no exterior). O Fundo também auxiliou as pequenas empresas a levar suas inovações ao mercado e, atualmente, essas companhias já possuem 857 produtos, dos quais 108 foram lançados em 2014, e 50 novos produtos somente no primeiro semestre de 2015. Isso demonstra que as empresas investidas permaneceram inovando, mesmo após o investimento do Criatec 1. Algumas também receberam premiações internacionais.
O primeiro fundo investiu em 36 empresas, entre 2008 e 2015. O Criatec 2, iniciado no final de 2013, já aprovou investimentos em 18 empresas, das quais 15 já foram investidas e três estão em processo de due diligence. Até o fim de seu período de investimento, dezembro de 2017, o Criatec 2 deverá investir em até 36 empresas.
Qual o link para o fundo? No site do BNDES mostra uma chamada que se encerrou em 2014