A transformação digital tornará as cidades em lugares cada vez mais inteligentes. Um dos setores mais afetados com as novidades proporcionadas pelas tecnologias emergentes é a mobilidade. Prova disse é o número cada vez maior de alternativas aos carros nas ruas. Segundo o IBGE e a Abraciclo, o Brasil já têm mais bicicletas do que automóveis: 70 milhões frente a 50 milhões.
Junta-se este fato ao modelo de economia compartilhada cada vez mais propagado pelo mundo afora, inclusive aqui no Brasil, e encontramos um mercado em verdadeira ebulição no país, com bicicletas e patinetes. Este mês, inclusive, São Paulo recebeu mais uma novidade: um dos principais players deste setor anunciou a disponibilidade da e-bike, uma bicicleta elétrica compartilhada.
Mas sabemos que junto com novidades chegam também novos desafios. No mercado de bicicletas compartilhadas, um dos principais é a questão da segurança destes equipamentos. Pensando nisso, a Huawei, líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), desenvolveu uma solução de gerenciamento baseada na tecnologia NB-IoT (Banda estreita IoT) que protege estes equipamentos de furtos e vandalismo.
Dois milhões de e-bikes protegidas
O sistema da Huawei para segurança de bicicletas já é utilizado por mais de duas milhões de e-bikes da cidade chinesa de Zhengzhou. Para acabar com os frequentes problemas de furtos – em 2017, mais de 80% dos casos de roubo registrados na cidade foram de e-bikes -, a Huawei, em parceria com a China Mobile e a Tendency (Zhejiang Tendency Technology Co., Ltd.), equipou as e-bikes com placas anti-furto, dispositivos de comunicação e módulos GPS. Com estes itens, as bicicletas passaram a contar com rastreamento anti-roubo, alerta de incêndio e alarmes de energia, entre outros.
Um mês após o lançamento do projeto, o Departamento de Segurança Pública Municipal de Zhengzhou declarou que com a implantação do sistema e a criação de uma equipe dedicada a reprimir as ocorrências com eficiência, a taxa de resolução bem-sucedida para roubo de bicicleta elétrica licenciada aumentou para mais de 60%, ajudando a garantir a segurança dos equipamentos e da população na cidade.
Marcelo Yamamoto, diretor de Estratégia e Marketing para IoT da Huawei do Brasil explica que o NB-IoT (ou IoT de banda estreita – em tradução livre) é uma tecnologia otimizada para a transmissão de taxas de dados até 200 Kbps com baixíssimo consumo de energia. Isso viabiliza a conexão de bilhões de dispositivos usados na comunicação de máquina para máquina – a Internet das Coisas (IoT).
"O NB-IoT precisa de apenas 200kHz do espectro de frequências (daí o nome 'banda estreita'), o que significa que pode rodar adjacente a redes celulares 3G e 4G existentes e ser usado para diversas finalidades: desde o monitoramento de bicicletas compartilhadas até redes de logística, animais no pasto, fechaduras inteligentes, enfim uma lista virtualmente infinita de aplicações," conclui Yamamoto.