ESG na prática: como empresas de tecnologia podem aproveitar a estratégia para ampliar sua atuação

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Em um cenário em que as empresas estão implantando políticas de ESG para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e das novas demandas sociais, como a tecnologia pode contribuir para esse objetivo?

De acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP 26), promovida em novembro passado pela ONU, o desafio das corporações é colocar em prática as suas iniciativas. E, para isso, a tecnologia é uma alavanca fundamental de aceleração.

Recentemente, divulgamos nosso Relatório ESG com a visão e os objetivos da companhia até 2030. Um dos principais progressos citados é a concentração da empresa em criar e compartilhar soluções para reimaginar o futuro digital da humanidade de forma equitativa. Foram mais de 20 projetos entregues a clientes auxiliando no combate às mudanças climáticas por meio de soluções de TI voltadas para negócios em torno da captura e armazenamento de carbono (CCUS), armazenamento de energia, produtos e serviços inovadores e sustentáveis de última geração, energias renováveis, eficiência energética, modernização e transformação brownfield, geração e comercialização de energia limpa, bem como mobilidade elétrica. Tudo isso faz parte das estratégias globais da companhia.

Mas além da atuação nesses projetos – que considero serem primordiais para a continuidade dos serviços no setor de tecnologia – também é importante manter parceria com líderes de outras empresas para repensar políticas e promover pesquisas em tecnologias sustentáveis.

Um exemplo disso foi a nossa recente conquista, no ano passado, quando nos tornamos uma empresa neutra em carbono nas emissões do Escopo 1, 2 e 3. Essa tendência já era prevista, mas a pandemia de Covid-19 acelerou ainda mais o processo, evidenciando a necessidade de se colocar a saúde e o bem-estar das pessoas, assim como a preservação do planeta, como prioridade.

No entanto, é preciso aprofundar muito mais o conceito ESG, planejando e agindo de forma efetiva nos três pilares que formam a sigla que está tão em voga atualmente.

Considerando o pilar social, estamos trabalhando fortemente no desenvolvimento de soluções para capacitar nossos colaboradores, e um exemplo disso é o nosso programa de educação continuada que já está em ação, com previsão de certificar mais 45 profissionais até o final de março. Isso comprova que, mais do que pensar na sustentabilidade, o setor em geral precisa criar parcerias com seus próprios times para uma vida melhor e oportunidades compartilhadas.

Já com relação à governança, temos progredido em definições de novos padrões de ação e liderança com foco em políticas corporativas e padrões de conformidade em toda a sua cadeia de valor e em todo o setor. Hoje, 22% do conselho da empresa é formado por mulheres, um importante passo em direção à diversidade dentro do setor de tecnologia.

Quando falamos sobre projetos como esses, fica claro o quanto podemos contribuir positivamente ao meio ambiente e ao legado social que podemos deixar com nossas ações no mercado de trabalho. É evidente que não há mais como pensar que ESG é um modismo ou que ainda levará muito tempo para ser estabelecido. A importância dessas práticas já é conhecida e é crucial trabalhar na atualização dos negócios, planejando ações sustentáveis para provocar mudanças disruptivas nos mais diversos setores.

Ainda assim, é preciso levar em conta que, em grandes empresas, a missão ESG precisa emanar do topo da pirâmide hierárquica com o objetivo de engajar todo o time de colaboradores na missão e nos valores do negócio, mostrando a necessidade de trazer o melhor aos ecossistemas envolvidos.

Paulo Sérgio Rodrigues, diretor sênior da Infosys Brasil.

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