Pela primeira vez em sua história de sucesso, o Google deve registrar uma queda em dois trimestres seguidos de sua receita. Se as estimativas dos analistas estiverem corretas, o balanço que a empresa divulga nesta quinta-feira, 16, relativo ao primeiro trimestre deve apresentar receita de US$ 4,1 bilhões, uma retração de 3% na comparação com o quarto trimestre de 2008, ainda que represente um crescimento de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado. Alguns projetam que a queda na comparação trimestral será de mais de 7%. Mas há um consenso entre os analistas de que os ganhos por ação do Google de ficar na faixa dos US$ 4,97, conforme levantamento da revista Forbes.
De todo modo, a maioria se mostra otimista quanto ao desempenho da empresa ao longo do ano. A razão para o otimismo, segundo eles, é que existe uma diferença fundamental na maneira como o Google gerencia seus recursos em relação aos demais setores da indústria de internet. Com uma base de mais de 1 milhão de anunciantes, o Google atua com publicidade on-line em setores bastante diversificados, que abrangem de viagens a automóveis até o eletrônico, cobrindo uma ampla faixa da economia.
Embora os investidores tenham de fazer um grande esforço para encontrar dicas na melhoria, os analistas aconselham que não olhem muito para os números que mostram algum crescimento durante o mês de março, na comparação com janeiro e fevereiro. Março tipicamente é um mês mais forte, tal como são abril e maio. Segundo eles, o correto é prestar atenção nas comparações com o ano anterior.
A questão mais importante, ainda conforme os analistas, é verificar a forma como o CEO Eric Schmidt vem conseguindo reduzir custos, face à diminuição das receitas trimestrais seqüenciais. No fim de março, a empresa demitiu 200 empregados, e os analistas esperam que o controle de outros custos, tais como custos de aquisição, agora que o Google é o fornecedor dominante serviços de buscas na internet, resultem na melhoria das margens.
- Retração passageira?
