Publicidade
Início Blogueria Seguro 3.0: o papel fundamental da tecnologia para o crescimento do mercado...

Seguro 3.0: o papel fundamental da tecnologia para o crescimento do mercado de seguros

1
Publicidade

É cada vez mais comum a adoção da transformação digital e da digitalização nos mais diversos setores econômicos. Baseada no conceito de Seguro 3.0, a tecnologia tem se tornado uma grande aliada, também, para o crescimento do mercado de seguros no Brasil. Mesmo durante um ano conturbado em decorrência da pandemia da Covid-19, dados recentes da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg) apontam que, somente no primeiro trimestre de 2021, o setor segurador arrecadou cerca de R$ 130 bilhões, valor 8,7% superior ao mesmo período de 2020.

Parte deste crescimento deve-se ao fato da ampliação do uso de ferramentas tecnológicas, que dão suporte aos processos e aprimoram os recursos disponíveis para o desenvolvimento das companhias deste setor. Neste sentido, esta atualização está diretamente relacionada ao conceito de Seguro 3.0, que direciona a transformação digital dentro deste mercado. Mas, para entendermos este conceito, é importante darmos dois passos atrás na evolução das seguradoras no Brasil.

A origem do conceito 3.0 no mercado de seguros

Para que exista o Seguro 3.0, existiram outros dois marcos na história do mercado de seguros no Brasil. O primeiro foi a chegada das companhias inglesas, no século XIX, que deram início a este setor, e que hoje é um dos mais consolidados do país. O segundo marco, que podemos entender como Seguro 2.0, teve início com a regularização do mercado, como a criação da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), por exemplo, e prolongou-se até a revolução tecnológica que vivemos hoje, com a expansão da internet, comércio eletrônico e o surgimento das insurtechs.

Diante deste cenário, o Seguro 3.0 surge como um conceito inovador, com objetivo de difundir a aplicação de tecnologias e transformar a maneira como as seguradoras oferecem produtos e serviços aos consumidores. De um modo geral, estas ferramentas possibilitam a criação de serviços personalizados e adequados aos clientes, com melhor preço para a seguradora e o menor para o usuário.

Se levarmos em consideração os produtos e serviços oferecidos pelas seguradoras hoje, os preços e as demais características do contrato são baseados em informações pré-existentes em um portfólio da própria empresa, alinhados a informações básicas sobre o contratante. Neste sentido, quando um seguro automotivo é contratado, por exemplo, a base de dados é referente às informações sobre o veículo, como marca, modelo e percentuais referentes a roubo, bem como endereço, região, idade e tempo de habilitação do motorista. Ou seja, a oferta de seguro é realizada em função de experiências da companhia e não, necessariamente, do cliente.

Com o Seguro 3.0 esse papel se inverte e o planejamento é baseado em dados aprofundados sobre o contratante. Isto é possível graças as inovações tecnológicas, que possibilitam a análise do grande volume de dados existentes e que antes não eram aproveitados pelas empresas. Isto é, os serviços passam a ser mais adequados às especificidades do cliente e não da seguradora, os preços passam a ser menores para os clientes, bem como melhores para as empresas, uma vez que elas conseguem diminuir os riscos utilizando uma base dados mais precisa, conhecendo os hábitos e aquilo que o segurado utiliza dentro dos serviços que estão sendo contratados.

Seguro 3.0 x Open Insurance

No mercado financeiro, o avanço tecnológico possibilitou a implementação de processos inovadores como Pagamentos Instantâneos (PIX) e, mais recentemente, o início do Open Banking. Nesta mesma linha de compartilhamento de dados, o mercado de seguros já se movimenta para a aplicação desta nova tendência com o surgimento do Open Insurance, que está sendo regulamentado pela SUSEP.

Open Insurance não diz respeito apenas a um conceito que explica e demarca um momento de desenvolvimento tecnológico dentro do setor segurador. Trata-se de uma ferramenta que está sendo desenvolvida e regulamentada com um conjunto de regras e determinações e que, por meio de API’s (Application Programming Interface), possibilitará a obtenção e o compartilhamento de dados e informações sobre os clientes de uma forma segura, sincronizada e estruturada, a partir, é claro, do consentimento ou solicitação deste usuário.

Desta forma, o Seguro 3.0 e o Open Insurance, mesmo que diferentes, contam com uma intersecção e isto mostra que o futuro do setor converge para um único ponto: o suporte da tecnologia para o desenvolvimento do mercado de seguros. Diante deste cenário, para que consigam se manter competitivas, as seguradoras deverão investir em inovação, recursos de inteligência artificial e digitalização, com objetivo de tomar decisões mais assertivas e oferecer produtos e serviços personalizados, que atendam as demandas deste novo mercado.

Eduardo Nunes, consultor de Tecnologia da Informação da Provider IT.

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile