A IBM anunciou nesta sexta-feira, 15, que a venda de sua unidade de servidores low-end x86 finalmente recebeu o sinal verde do Comitê de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês), após sete meses do anúncio do acordo, avaliado em US$ 2,3 bilhões.
Desde então, o governo dos EUA investigava questões de segurança envolvendo servidores x86 da IBM, usados em redes de comunicações do país e em data centers que suportam as redes de computadores do Pentágono, para assegurar que os equipamentos não seriam acessados remotamente por hackers. As autoridades americanas também se preocupavam com o possível acesso que a aquisição daria à China a backdoors — portas dos fundos, em tradução livre —, que permitem a invasão a sistemas para obter segredos ou o controle ilegal de computadores e, por conseguinte, o acesso às informações e arquivos neles contidos.
Em comunicado, a companhia declarou que o aval da CFIUS lhe permite se "concentrar em inovações de sistema e software que trazem novos tipos de valor para os clientes em áreas como computação cognitiva, big data e cloud, e proporciona clareza e confiança para os clientes atuais x86 que terão um parceiro forte daqui para frente."