Empresas de TI criticam aumento da carga tributária e veem ameaça para o desenvolvimento do setor

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"O retrocesso provocado pelo aumento da carga tributária, principalmente para o setor de TI, como a perda da conquista de isenção fiscal na folha de pagamento, é uma ameaça para o desenvolvimento do setor." O alerta em tom de crítica foi feito nesta terça-feira, 15, por Benito Paret, presidente do TI Rio (Sindicato das Empresas e Informática do Estado do Rio de Janeiro), na abertura do Rio Info 2015, cuja tônica foi a fragilidade do cenário econômico atual e os impactos dos ajustes fiscais no setor de tecnologia da informação e comunicações (TIC).

O presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), Márcio Girão, defendeu que o encontro das principais entidades de TICs (Abes, Brasscom, Assespro, Softex e Fenainfo) transforme a edição do evento num marco para reação do setor frente à crise. "O país precisa ter uma postura resiliente e não fragilizada, como percebemos agora. Não temos uma indústria de software competitiva. As empresas multinacionais são bem-vindas, mas precisamos mudar nosso perfil. Temos que deixar de ser consumidores para nos tornarmos desenvolvedores competitivos."

Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, destacou a preocupação com o setor de TI frente às medidas de ajuste anunciadas. "Cortes de investimentos geram mais recessão e desemprego. Esse modelo não deu certo em outros países em crise. O setor precisa de segurança para continuar crescendo."

A recente reoneração da folha de pagamento de 2% para 4,5%, (que começa a valer a partir de dezembro), assim como o provável aumento da PIS/Cofins — de 3,65% para 9,25% — são pontos de preocupação. Esta última, se concretizada, significará um aumento para os setores de serviço, dificultando ainda mais a sobrevivência de nossas empresas".

No entanto, segundo Benito, este também pode ser um momento de crise pode ser também de oportunidades para o setor, cada vez mais importante para economia brasileira. "É fundamental que o empreendedorismo, inovação e a tecnologia consigam criar os alicerces para o desenvolvimento nacional. É o caminho para uma saída robusta e consistente da crise que nos leve a outros patamares na disputa global, cada vez mais competitiva."

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