Vendas de PCs no Brasil superam 7 milhões de unidades em 2006

0

Números do estudo ?Brazil Quarterly PC Tracker?, divulgados pela IDC Brasil, apontam que foram vendidos no país 7,046 milhões de computadores no ano passado, entre desktops e notebooks. Isso representa um crescimento de 28,2% sobre as vendas de 2005. Desde o início de 2006, as expectativas da IDC eram de que as vendas atingiriam 7,1 milhões de computadores no mercado brasileiro. O fechamento do último trimestre confirmou o total vendido no ano, batendo com a previsão preliminar da consultoria.

?O nível de acerto é graças a nossa metodologia de pesquisa, que inclui contatos periódicos com os fabricantes para coleta das informações, as quais em seguida são validadas com varejistas, distribuidores e fabricantes de produtos correlatos, como processadores e monitores, entre outros. Esse cruzamento de dados nos capacita a enxergar imperfeições e informações distorcidas, o que aumenta o acerto da investigação?, explica Reinaldo Sakis, analista sênior de PCs e monitores da IDC Brasil.

O estudo identificou que, do total de PCs vendidos no ano passado, 6,5 milhões foram desktops e 540 mil notebooks. Enquanto as vendas de desktops subiram 24,6%, as de notebooks dispararam com um aumento de 96,4%. Segundo Sakis, esse salto importante do portátil em 2006 se deveu, principalmente, à queda de preços e facilidades no financiamento. ?Foi interessante verificar que o notebook, antes um produto considerado de elite e corporativo, já virou commodity, podendo ser encontrado em qualquer loja de varejo. No ano passado, o notebook foi o escolhido nas compras do segundo micro, seja pela questão de mobilidade como de funcionalidade, espaço, etc.?

Mesmo com o excelente resultado de 2006, a IDC observa que os notebooks ainda ocupam no Brasil uma pequena parcela dentro do universo de PCs. Nos anos anteriores, essa parcela variou entre 3,5% e 4%. Em 2005 subiu para 5%, enquanto o salto das vendas no ano passado aumentou a fatia para 7,7%. A IDC espera que o crescimento de notebooks siga muito forte, alcançando em alguns anos a participação de mercado que têm em países como Chile, cerca de 30%, ou México, 24%.

Já o mercado brasileiro de desktops, curiosamente, ao superar a marca de 6 milhões de equipamentos ficou atrás apenas dos EUA e da China, e à frente do Japão, Reino Unido, Rússia, Índia e outros. Em todos esses países a IDC realiza o mesmo acompanhamento trimestral, o que lhe confere conhecimento próprio para a análise comparativa.

Segundo o estudo, o mercado cinza seguiu uma curva descendente, sem volta. Em 2004, o mercado ilegal chegou a 76%, em 2005 caiu para 69% e, no ano passado, baixou para 50,8%. ?O aumento de fabricantes locais, a estabilidade da moeda, os incentivos ficais e a facilidade no financiamento são os principais motivos para essa queda. Obviamente, uma ação mais expressiva da Polícia Federal nas fronteiras inibindo a importação ilegal também teve sua importância?, comenta Sakis, ao dizer que não se pode esquecer do varejo, também responsável pelo excelente desempenho das vendas em 2006. A diversidade de marcas disponíveis e as várias formas de financiamento foram fundamentais para a queda de participação do mercado cinza no Brasil.

Para este ano, a IDC Brasil diz que o otimismo se mantém em 2007. A empresa prevê terminarmos o ano com um total aproximado de 8,5 milhões de PCs comercializados no país. Com o auxílio dos incentivos fiscais a computadores, o mercado deve apresentar crescimentos muito significativos nos próximos anos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.