A Viacom, controladora da MTV e da Paramount, divulgou nesta sexta-feira, 16, novos documentos, que constam de processo que corre na Justiça dos Estados Unidos, nos quais acusa o site de buscas na internet de fechar os olhos a vídeos ilegais no YouTube, em um esforço para atrair audiência.
Segundo relatos veiculados na imprensa internacional, o grupo de mídia apresentou nove documentos adicionais sobre o caso que, segundo a empresa, comprovariam que "o Google fez uma deliberada decisão de negócios, pensando não apenas em lucrar com a violação de direitos autorais, mas também para usar a ameaça de violação de direitos autorais para tentar coagir os proprietários desses direitos, como a Viacom, para licenciar seus conteúdos de acordo com os termos da empresa".
Os novos documentos incluem um suposto memorando que teria circulado entre os executivos do Google, na época em que a empresa planejava a compra do YouTube, o qual afirmava que "o modelo de negócios do YouTube é totalmente sustentado por conteúdo pirata".
Revelando um documento em que executivos do Google tratam da estratégia para o Google Vídeos, a Viacom cita que a gigante de internet cogitava pressionar por uma mudança na lei de direitos autorais. "Nós podemos ser capazes de convencer ou forçar o acesso a conteúdos premium… Ameaçar uma mudança na política de direitos autorais … usar esta ameaça para conseguir acordos", dizia o documento de acordo com a Viacom.
O Google sustenta que sua política de exibição de vídeos no YouTube é protegida pela Lei de Direitos Autorais do Milênio Digital. Em esclarecimento ao juiz do caso, o Google declarou que a Viacom "distorce a realidade por meio da edição dos e-mails internos a que teve acesso e usa frases soltas e fora do contexto com o único intuito de tentar atingir o maior site de vídeos do mundo".
O processo foi movido pela Viacom contra o Google em 2007.
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