Para Erasmo Rojas, diretor do 4G Américas na América Latina, a adoção da faixa de 450 MHz para banda larga móvel no Brasil será uma solução de curto ou médio prazo enquanto não for liberada a faixa de 700 MHz para o mesmo fim. "450 MHz será uma bolha, uma solução localizada. As pessoas não terão roaming para outras regiões", criticou. "O Brasil está tentando liderar o uso dessa faixa para banda larga móvel, mas ninguém está indo atrás. Em nenhum outro país da América Latina se fala em usar 450 MHz para essa finalidade", acrescentou.
Apesar de fazer coro às críticas de algumas operadoras móveis brasileiras, que não gostaram de a Anatel haver atrelado a compra de blocos de 2,5 GHz à cobertura do interior do País com 450 MHz (caso não haja interessados por essa faixa), Rojas acredita que todas as grandes teles nacionais participarão do leilão. "No fim das contas todas vão participar. Não podem deixar essa oportunidade passar", comentou.
Prazo
Rojas avalia que o prazo de apenas 10 meses entre o leilão (em junho) e a Copa das Confederações (em abril de 2013) é curto para a implementação das redes de quarta geração (4G) no padrão LTE. De acordo com o edital do leilão, as seis cidades que sediarão a competição precisam estar cobertas antes de a bola rolar. "O normal são 12 a 18 meses após um leilão. As operadoras precisam escolher seus fornecedores e fazer uma série de testes após a instalação das redes antes de lançarem os serviços comercialmente", explica.