Referência mundial quando o assunto é investimentos em tecnologia da informação, o setor bancário brasileiro deve manter os gastos de elevadas somas de recursos financeiros em inovação, segundo apontam especialistas que participaram de painel no Ciab 2011, nesta quinta-feira, 16, em São Paulo. O presidente da Diebold, João Abud Júnior, salientou que a inovação bancária pode evoluir muito nos próximos anos. Entre os pontos que devem avançar ele citou a automatização de caixas de autoatendimento (ATMs) para execução de operações como a digitalização de cheques e compensação. "Estes podem ser o próximo passo", disse ele.
O executivo ressaltou ainda que a segurança também deve ser outra área de inovação. Ele mencionou que os bancos brasileiros deveriam investir em monitoração de segurança por imagens e alarmes de forma eficiente nos ATMs, para garantir maior segurança aos clientes. "É uma necessidade e, até onde sei, nenhum banco fez esse tipo de investimento", disse Abud. O presidente da Diebold observou que outra proposta de inovação pode ser a transformação do ATM em um canal mais interativo, para ampliar a experiência de interação com os consumidores, principalmente aqueles da geração Y.
Diante dessa perspectiva, o presidente da Itautec, Mario Anseloni, frisou que a companhia está testando um ATM baseado na tecnologia de 3D, que proporciona uma interface bastante amigável de interação com o usuário. Outra possibilidade, esta levantada por Patrícia Florissi, diretora de tecnologia da área de armazenamento da EMC, é a de levar as tecnologias de token – atualmente usadas pelos correntistas para fazer transferências pela internet – para os cartões de crédito, ampliando a segurança para esse meio de pagamento.
Uma outra inovação, apontada por Juarez Zortea, vice-presidente comercial da HP, pode ser o uso mais intensivo de tecnologia de biometria para evitar fraudes bancárias. "A inovação é necessária, ela precisa ser feita e a tecnologia para isso já está disponível", concluiu.
- Ciab 2011