Marketplaces de Saúde apostam na agregação de diferentes propostas de serviços de saúde

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As inovações tecnológicas em saúde estão mudando toda a cadeia de saúde de forma acelerada e inovadora, mas creio que ela não será a mais relevante tendência do setor em 2021, mas sim as mudanças drásticas do comportamento do consumidor, acelerada ou como consequência da pandemia.

Os cuidados de saúde são cada vez mais impulsionados por pacientes que se comportam mais como consumidores e clientes, à medida que procuram o melhor atendimento pelo preço mais acessível.

À medida que sua parcela dos custos com saúde aumenta, os pacientes estão ansiosos para encontrar maneiras de reduzir os gastos. Mas eles enfrentam desafios que muitas vezes os impedem de se tornarem consumidores verdadeiramente informados e conscientes dos problemas do setor.

Por outro lado, as estratégias voltadas para o cliente no setor de saúde, permaneceram indefinidas, embora sejam essenciais para outros setores da economia, como bancos digitais, varejo online, delivery, etc.

Uma pesquisa constatou que 66% dos consumidores nunca conversaram com seus provedores sobre o custo de uma visita e 60% nunca discutiram o preço de um procedimento. Mesmo quando abordam o assunto, os consumidores muitas vezes não conseguem obter informações confiáveis sobre custo, qualidade e nível de satisfação com os serviços de saúde.

Esse cenário traz uma oportunidade para o surgimento de plataformas de marketplaces de saúde, pois eles permitem aos consumidores comparar uma variedade de serviços, como consulta on line, exame, cirurgias, tratamentos específicos e diferentes propostas de planos de seguro saúde e, idealmente, selecionar as ofertas que melhor se adaptam às suas necessidades. No entanto, a tarefa de selecionar um plano de seguro saúde pode ser complicada por causa de fatores como dificuldade de entender o jargão médico, do seguro saúde, matemática insuficiente, um número excessivo de opções de atendimento.

Muitas pessoas não estão familiarizadas com termos como franquia, taxa de cosseguro e rede de provedores, etc. Consumidores de baixa renda e não segurados têm uma compreensão mais limitada desses conceitos do que os consumidores de alta renda e segurados.

É difícil transmitir informações sobre a qualidade dos serviços oferecidos aos consumidores, um problema que está, pelo menos em parte, relacionado à falta de familiaridade dos consumidores com as métricas de qualidade.

A remoção dessas barreiras e o uso de tecnologias como Inteligência Artificial, Machine Learning, automação de processos, aplicativos móveis, marketing digital, entre outras, está provocando mudanças disruptivas e propiciando o surgimento de heathtechs e parcerias com players tradicionais que estão mudando o cenário dos serviços de saúde. Os provedores precisam estar prontos para enfrentarem esse desafio que afronta os modelos de negócios até aqui praticados.

FORUM SAÚDE DIGITAL

O Fórum Saúde Digital, que acontece dias 29 e 30 de junho, vai apresentar um painel de discussão sobre o novo modelo de marketplaces de serviços de saúde, os desafios da adoção das tecnologias e modelos de negócios inovadores.

Mais informações e inscrições no site do evento: www.forumsaudedigital.com.br

 

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