API-first: como promover a transformação digital de maneira integrada e rentável

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Para que qualquer mudança seja bem-sucedida, é imprescindível uma fundação sólida. Se isso é válido para tudo na vida, não poderia ser diferente na transformação digital.

O mercado tem abordado com certa frequência temas como Mobile-first, Cloud-first, UX-first etc. Todas essas tecnologias são importantes neste processo, mas destacaria a abordagem API-first como prioritária. Você deve estar se perguntando: mas por quê?

Antes de detalhar a API, vou contextualizar dois aspectos que devemos dar atenção especial nesses momentos de mudança: a Economia do Compartilhamento e o Modelo de TI BI-MODAL.

A Economia Compartilhada estimula a criação de modelos disruptivos, capazes de transformar toda a cadeia de valor por meio dos negócios digitais. Já o modelo de TI BI-MODAL permite que instituições continuem oferecendo sustentação ao negócio, com mais agilidade, para implementar uma transformação digital como forma de se destacarem ou sobreviverem.

Essa contextualização permite uma nova pergunta: qual seria o impacto se sua principal capacidade de negócios fosse compartilhada com o mundo de forma fácil e ágil? A abordagem de APIs torna isso possível ao criar o que chamamos de API Economy, permitindo que os negócios se monetizam, tendo essa ferramenta como principal interface para que outros sistemas de engajamento explorem suas capacidades de negócios.

Estudos apontam que o API Economy irá movimentar um mercado global na casa de bilhões de dólares até 2020. E que aproximadamente 40% das maiores empresas americanas irão adotar uma estratégia de API neste período.

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Forrester Research, Inc. – API Forecast, 2015 até 2020

Grandes empresas têm mais da metade de seu faturamento obtido por meio das APIs. Alguns exemplos são: Spotify (+70%), SalesForce (50%), Ebay (mais de 7 bilhões de dólares de suas vendas através de APIs) e DHL (aumento de 10 vezes no número de clientes com o uso). Todas essas companhias mostram como essa abordagem oferece escala no mundo de transformação digital.

Outro exemplo que merece destaque é o Uber, que tem olhado as APIs como ponto central de sua estratégia de negócios, ao integrar a sua oferta com serviços da Starbucks, United Airlines e TripAdvisory. O objetivo é criar uma ecossistema de experiência integrada, onde o cliente pode emitir a sua passagem e utilizar o Uber para ir ao aeroporto, além de tomar um café na Starbucks antes do embarque.

Percebemos claramente que as iniciativas de transformação digital devem ser conduzidas por uma estratégia de APIs-first, capaz de unir os serviços de back-end e as experiências de front-end fornecidas pelo seu negócio de maneira disruptiva. Criando essa plataforma orientada por API, certamente sua iniciativa digital ampliará a satisfação do cliente ao longo de sua jornada, possibilitando a expansão da empresa em novos mercados. Tudo isso com uma infraestrutura de TI "future-proof", que irá acelerar o "time to market" de novos produtos e serviços.

Breno Barros, head of Global Solutions Center & Innovation da Stefanini.

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