Tecnologias digitais geram redução de até 80% dos custos de serviços compartilhados, segundo consultoria

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Robôs estão migrando das linhas de produção para o mundo corporativo, agregando valor às funções de recursos humanos, tecnologia da informação, finanças, aquisições e setor jurídico. Muitas empresas passaram a combinar essas funções em um hub centralizado, chamado de "Organização de Serviço Compartilhado" (SSO). Hoje, novas tecnologias – inclusive inteligência artificial e computação cognitiva – estão ajudando no desenvolvimento de serviços cada vez mais rápidos e inteligentes, reduzindo custos em até 80%, de acordo com o novo estudo do The Boston Consulting Group (BCG), denominado "How Digital Can Turbocharge Shared Services".

Para aproveitar as novas ferramentas, as organizações devem estabelecer bases corretas. "Muitas empresas estão dando os primeiros passos nos serviços compartilhados, para que possam aproveitar a tecnologia em sua funcionalidade total", explica Andrew Toma, sócio sênior do BCG e coautor do estudo. "Eles ainda têm múltiplos processos com ações restritas, que limitam sua capacidade de digitalizar o trabalho crítico que os SSOs fazem", finaliza Andrew.

Para desenvolver a próxima geração de SSO, empresas precisam focar em três pontos, segundo o BGC: Começar pelo básico, implementar tecnologia avançada e desenvolver novas habilidades.

A consultoria defende que o primeiro passo é criar processos padronizados para todas as etapas – do início ao fim. Por exemplo, conseguir comprar produtos por meio da empresa deve conter um sistema único e sem grandes burocracias, tornando-se mais simples para o colaborador que faz a compra.

A implementação de tecnologia avançada envolve ferramentas de automação, como o reconhecimento de voz. Este momento inclui processos robotizados ou robôs de software que podem navegar entre telas, abrir arquivos, copiar e colar dados, além de entrar e sair de diversos sistemas, sem supervisão humana. Há ferramentas ainda mais avançadas – como inteligência artificial ou computação cognitiva – que estão em constante desenvolvimento – e funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, com maior precisão e não exigem grande investimento.

As exigências dos SSOs passarão por mudanças no futuro, pois buscam maiores capacidades digitais entre os colaboradores. Em vez de exigir uma pessoa na área financeira que possa lidar com contabilidade, as empresas irão procurar alguém que possa converter princípios contábeis em código, por exemplo.

O BCG conclui que com esses três elementos, as empresas têm meios para melhorar drasticamente o desempenho de SSO e, assim, criar muito mais valor para a empresa. No entanto, um argumento fundamental neste estudo é que as organizações não podem esperar para que os avanços tecnológicos diminuam. "O custo da oportunidade de não usar essas tecnologias é maior do que nunca", diz Fabrice Roghé, Sócio Sênior do BCG e coautor do estudo. "As empresas precisam criar um plano para agir, não nos próximos dois anos, mas no próximo trimestre".

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