As vendas de tablets no Brasil devem alcançar a casa das 450 mil unidades neste ano, considerando tanto os equipamentos comercializados por varejistas e operadoras quanto os provenientes do chamado mercado cinza, de acordo com projeção da IDC. O número representa uma expansão superior a quatro vezes na comparação com os 100 mil aparelhos entregues em 2010. Para 2012, a expectativa da consultoria é que a quantidade de tablets vendidos no país mais do que dobre, saltando para cerca 1 milhão de aparelhos.
O gerente de pesquisas da IDC Brasil, Luciano Crippa, avalia que esse crescimento previsto para o ano que vem terá como principais fatores a queda de preço dos tablets, estimada entre 10% e 15%, e a maior maturidade tanto da tecnologia quanto do consumidor. A estimativa do analista é que o preço médio dos equipamentos vendidos no mercado brasileiro fique em torno de R$ 1 mil em 2012. Pesquisa realizada pela IDC no Brasil com 2 mil consumnidores, revela que 17% deles têm interesse em adquirir um tablet nos próximos 12 meses e que o preço que aceitariam pagar pelo dispositivo é de cerca de R$ 1 mil a R$ 1,1 mil.
Crippa aponta, porém, um fator que pode alterar o número de tablets vendidos neste ano: os aparelhos chineses – aqueles não produzidos por fabricantes tradicionais como Huawei, ZTE, entre outras. Comercializados, em geral, por meio de ofertas em sites de compras coletivas, e com preço bastante reduzido, entre R$ 300 e R$ 400, o analista calcula que cada site consegue garantir a venda de até 2 mil equipamentos. "É difícil mensurar o impacto real dessas questões pontuais. Depende da existência de novas promoções e de como será o desempenho de cada uma delas”, comenta o anlista, ressaltando que caso alguns pequenos varejistas, tanto com lojas físicas como virtuais, decidam optar por vender tablets chineses, o impacto pode ser mais significativo, fazendo o volume chegar a 500 mil unidades, no máximo 600 mil.