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Mesmo sem EUA, Huawei quer ser líder em TIC com plano agressivo para os próximos cinco anos

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Enfrentando restrições do governo dos Estados Unidos para vender suas soluções a empresas daquele país, sob alegações de que seus equipamentos poderiam ter backdoors para espionagem ou ainda que pudesse voluntariamente compartilhar informações com o governo chinês, a fabricante chinesa de smartphones Huawei reconhece que sua participação no mercado norte-americano é pequena. Mas isso não deve afetar os planos da fornecedora de se tornar um provedor líder em tecnologia da informação e comunicação (TIC), conforme anunciou na abertura do Huawei Cloud Conference 2014 nesta terça-feira, 16, em Xangai, o membro do board e CEO rotativo da empresa, Eric Xu.

“O mercado norte-americano é um mercado importante, mas globalmente há muitos mercados maiores que os EUA”, afirma o diretor executivo do board e chief strategy marketing officer da Huawei, William Xu. “No setor de telecom, o nosso market share nos EUA é pequeno, mas isso não foi um limitador para que a Huawei se tornasse um líder global nesse mercado. O mesmo vale para o setor de TI”, justifica Xu.

O mercado de TIC dos EUA, segundo dados da IDC, encerrou 2012 com um faturamento de US$ 942 bilhões, com previsão de chegar a US$ 1,1 trilhão em 2016. China, Japão e Brasil estão em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente, e é nesses países que a Huawei deve focar sua atuação para garantir uma posição de liderança em TICs.

Plano estratégico

A Huawei estabeleceu um plano estratégico com desafios agressivos para os próximos cinco anos, o que inclui chegar a 2019 com um faturamento de US$ 10 bilhões em sua divisão de TI, segundo revelou o vice-presidente de marketing da linha de produtos de TI, Joy Huang. Se confirmado, a cifra representará um crescimento de dez vezes em relação ao faturamento de 2013. “É uma meta muito desafiadora; ano passado (o faturamento) foi de US$ 1 bilhão”, conta Huang. O braço de TI, que engloba soluções de data center, segurança e storage, respondeu por 2,53% do faturamento de US$ 39,5 bilhões da empresa em 2013. “Temos um plano estratégico para ser implementado em um prazo de três a cinco anos, e que traz alguns desafios agressivos. Mas também temos um plano de negócios, para um a três anos, com ações mais concretas”, completa Huang.

Para colocar em prática esse plano, a estratégia da Huawei será focar em países com grandes gastos em TIC, com grande PIB ou ainda aqueles com grande potencial de crescimento, exatamente como China, Japão e Brasil. “E países europeus também são grandes mercados de TIC”, acrescenta Huang.

Reputação

O executivo da fabricante reconhece, no entanto, que a Huawei precisa melhorar sua reputação na área de TI para conseguir chegar à liderança em TIC. “A receita dos EUA é apenas uma pequena parte; outras regiões contribuem mais para nossa receita total. Sabemos que EUA e Europa são mercados muito grandes e muito importantes para nós, mas a Huawei ainda precisa melhorar sua reputação nesse domínio”, admite o Huang. A ideia, segundo ele, é ampliar a influência e reputação da empresa através do desenvolvimento de produtos e soluções inovadoras: “queremos usar nossa inovação como diferencial competitivo”. “TIC está se tornando o motor de transformação e evolução das indústrias tradicionais. É um novo começo, uma nova revolução industrial, e  temos como objetivo sermos reconhecidos por empresas e operadoras de telecom por nossos produtos e soluções abertas, convergentes e inovadoras”, disse o CEO rotativo Eric Xu.

* A jornalista viajou a Xangai a convite da Huawei

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