O orçamento para o Ministério de Ciência e Tecnologia poderá passar de R$ 1 bilhão em 2006, segundo previsão do ministro Sérgio Rezende. Ele acrescentou que neste ano "vamos chegar aos R$ 800 milhões" e que a reserva de contingência está diminuindo a cada ano. "Em 2009 estará em zero, de acordo com a lei que regulamenta a utilização de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)." O projeto já passou na Câmara Federal e está no Senado.
Em palestra para pesquisadores brasileiros e estrangeiros, na Universidade de Brasília, durante a abertura de seminário sobre nanoestruturas magnéticas, o ministro explicou que "reserva de contingência não é a mesma coisa que contingenciamento". E que desde a criação dos fundos setoriais, alocados no FNDCT, toda a receita é colocada no orçamento do ministério como reserva de contingência, só liberada com autorização especial.
Segundo Rezende, a ciência caminha da microeletrônica para a nanoeletrônica, que permitirá a criação de componentes de altíssima capacidade e ocupando espaço físico cada vez. O ministro, que é especialista no assunto, destacou o trabalho de pesquisadores brasileiros, como o professor Mário Marques, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E afirmou que "o volume de pesquisa científica no Brasil ainda é muito pequeno, em função do nosso potencial, mas esperamos começar a ter mais resultados, dentro das prioridades da Política Industrial lançada pelo governo federal no primeiro semestre".
Na opinião do ministro, as universidades federais fazem hoje no país pesquisas de qualidade internacional e isso foi conseguido após a construção de um sistema de pós-graduação "que é o mais qualificado e o maior da América Latina". Rezende destacou ainda que "se pudéssemos ter mais professores e com melhor remuneração, teríamos um desempenho muito melhor".
Com material da Agência Brasil.
