Durante o terceiro trimestre, o Brasil apresentou um avanço de 1% em relação ao trimestre anterior, mas isso não o impediu de cair três posições, ficando em 93º lugar no ranking de velocidade da banda larga fixa da Akamai. Segundo o relatório State of the Internet da companhia, divulgado nesta quarta-feira, 16, a velocidade média da conexão brasileira foi de 3,6 Mbps. Comparada com o ano anterior, no entanto, a média apresentou crescimento de 24%.
Além da queda, a conexão de Internet fixa no mercado brasileiro está abaixo da média mundial. O relatório identifica que a média global é de 5,1 Mbps, ou 1,5 Mbps (41,6%) a mais do que a média registrada entre as conexões nacionais.
Comparando com o mesmo período nos últimos dois anos, o Brasil até aumentou a velocidade média, saindo de 2,7 Mbps em 2013 para os atuais 3,6 Mbps, mas caiu dez posições no ranking global – a melhor posição foi 83º, no quarto trimestre de 2013. Vale ressaltar também que a velocidade média brasileira está estagnada desde o segundo trimestre de 2015, tendo aumentado 0,2 Mbps desde o começo do ano.
Em se tratando de média de picos de conexão, o Brasil aumentou 7,3% no comparativo com o trimestre imediatamente anterior e 41% com o mesmo período do ano passado, registrando velocidade de 29 Mbps. Com isso, a banda larga brasileira subiu uma posição e ficou em 79º no ranking global.
Nas velocidades entre 4 Mbps e 10 Mbps, o País conta com 32% de adoção, aumento de 0,3% em relação ao último trimestre e de 30% no comparativo anual. Assim, está na 86ª posição, ou 11ª se considerar apenas as Américas (incluindo Estados Unidos e Canadá).
Em termos de conexões acima de 10 Mbps, o Brasil tem uma penetração de 2,2%, queda de 6% em relação ao segundo trimestre, embora tenha mostrado aumento de 41% no comparativo ao terceiro trimestre de 2014. O País ficou em 67º, enquanto no recorte regional, ficou em oitavo lugar. Considerando somente as velocidades acima de 15 Mbps, o Brasil ficou em 55º lugar (e quinto no ranking regional) com uma penetração de 0,6%, aumento de 3,8% e de 29% no comparativo trimestral e anual, respectivamente.
IPv4 apenas
Importante frisar que a pesquisa considera somente as conexões IPv4 que passam pela rede de distribuição de conteúdos (CDNs) da Akamai, e a empresa reconhece que vários provedores no mundo têm lançado conexões mais velozes já com o protocolo IPv6. Assim, a companhia diz que a média de velocidade de determinados países pode ficar "abaixo do esperado". O Brasil não aparece no ranking de maior adoção de conexões com IPv6, mas duas operadoras brasileiras aparecem entre as 20 empresas com maior quantidade de tráfego com o protocolo: a Net, com 11%, e a GVT, com 12%.
Na quantidade de IPs únicos, o Brasil continua entre os maiores. O País registrou o terceiro lugar (com 47,182 milhões de endereços, atrás de EUA e China) no ranking de endereços IPv4 conectados à rede da empresa no terceiro trimestre, aumento de 2,7% no trimestre e de 3,8% como final de 2014.