O banco de investimentos Goldman Sachs decidiu barrar as empresas americanas interessadas em comprar ações do Facebook, que estuda abrir o capital no início de 2012. No início do mês, a instituição começou a sondar seus clientes mais abastados em busca de interessados em adquirir participação acionária na rede social, mas, em comunicado emitido nesta segunda-feira, 17, o Goldman Sachs dise que as companhias americanas "atraem muita atenção da mídia", por isso decidiu impedir que participem do processo de aquisição de participação na rede social.
Segundo informações que circularam na mídia internacional, à época da busca por investidores, o banco esperava levantar algo em torno de US$ 1,5 bilhão, sendo que o mínimo exigido por aporte era de US$ 2 milhões (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). Os aportes, dizem os jornais, elevariam o valor de mercado do Facebook para cerca de US$ 50 bilhões.
No entender do banco de investimentos, a movimentação do grande número de empresas americanas acabou chamando demais a atenção da mídia mundial, a ponto de "comover" os investigadores da Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, que agora querem apurar se o levantamento não é uma forma de burlar determinados itens da lei que regulamenta a atividade de empresas privadas no país. Para o Goldman Sachs, manter as empresas americanas de fora da jogada, apesar de embaraçoso, é mais seguro do ponto vista regulatório.
No comunicado enviado às companhias americanas é explicado que a decisão foi tomada apenas pelo Goldman Sachs, e que ele "lamenta as conseqüências [do cancelamento]". Ainda não houve, entretanto, pronunciamento público por parte de nenhum dos envolvidos. Com informações do The Wall Street Journal, New York Times, Los Angeles Times e Financial Times.
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