Sites de compras coletivas devem movimentar R$ 800 mi

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Projeções iniciais feitas por empresas que trabalham com sites de compras coletivas pela internet apontam que esse mercado movimentará R$ 800 milhões este ano no Brasil, mas a explosão dessa nova modalidade de aquisição de produtos e serviços poderá elevar significativamente essa cifra, de acordo com avaliação de especialistas que participaram de painel sobre o assunto, nesta quinta-feira, 17, no WebExpoForum, evento promovido pela TI Inside e realizado pela Converge Comunicações.
Apenas no mês de fevereiro, estima o presidente do site de compras de coletivas ClickOn, Marcelo Macedo, esse mercado movimentou cerca de R$ 55 milhões, cifra que, segundo ele, tem crescido ao menos 15% ao mês. Já Florion Otto, presidente do Groupon Brasil, site de compras coletivas que atua em mais de 500 mercados no mundo, é mais otimista e acredita que o crescimento mensal deve ficar entre 20% e 30%.
A expansão acelerada da atividade de compras coletivas é confirmada por números da e-bit. Levantamento feito pela empresa de monitoramento de comércio eletrônico revela que, apesar dessa modalidade de e-commerce existir no país há apenas um ano, 61% das pessoas já têm conhecimento sobre o seu funcionamento, sendo que 49% delas já compraram algum produto ou serviço por intermédio de sites de compras coletivas.
Além disso, do total de pessoas que já utilizaram esses serviços, 82% disseram que pretendem recorrer as eles novamente. Outro dado que chama a atenção é que dos 51% das pessoas que ainda não fizeram nenhuma compra nesses sites, 68% têm interesse em utilizá-los.
Segundo a consultoria, atualmente existem cerca de 400 sites de compras coletivas em operação no país, número que sobre para mil quando são computadas também as empresas start-up.
Análise da GMattos, apresentada pela diretora de marketing do Paypal, Adriana Bello, mostra que atualemnte são realizadas 2,5 milhões a 3 milhões de vendas, em média, por mês, por meio de sites de compras coletivas. O estudo prevê que o mercado deve passar por um intenso processo de consolidação, com o grosso da receita ficando nas mãos de poucas, e grandes, empresas.
O presidente do ClickOn ressalta que a principal função dos sites de compras coletivas é levar para os pontos físicos de vendas os consumidores virtuais, à medida que eles somente fazem a venda de cupons para que o consumidor vá até o estabelecimento para adquirir o bem.
"Para algumas indústrias, vai servir somente como um canal de vendas, mas para a grande maioria representará um gerador de publicidade e de visibilidade da marca", afirma Marcelo Macedo.
Um dos grandes impulsionadores desse mercado, segundo ele, são as redes sociais, que ajudam a difundir os sites e as ofertas. Macedo observa que esse respaldo das redes sociais fortalece o marketing viral e pode garantir publicidade a um baixo ou até nenhum custo, gerando mídia espontânea e qualificada.
O modelo de negócio dos sites de compras coletivas é baseado no repasse de um percentual da venda do serviço ou produto. Dessa forma, Macedo chama a atenção para a importância "modelar" a oferta com o parceiro de negócio para gerar uma experiência positiva para o consumidor.

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