Caminho para o futuro – e sem qualquer possibilidade de volta –, a implantação das práticas ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) na filosofia de gestão das empresas tem se mostrado mais que uma tendência de mercado ou exigência de investidores, uma questão de sobrevivência. E isso não só dos negócios, como de toda sociedade.
Aceleradas, sobretudo, pela pandemia da Covid-19, as discussões acerca do papel das organizações frente a temas como saúde, desigualdade social, consumo consciente, transparência, diversidade, inclusão, preservação ambiental e propósito organizacional, por exemplo, ganharam ainda mais força no último ano, expondo feridas, gargalos e resultados já obtidos nesse sentido, principalmente do posto de vista humanitário. Porém, não só.
Segundo pesquisa realizada pela KPMG, empresas com valores, estruturas de governança fortalecidas e focadas em questões dentro do universo ESG tendem a permanecer resilientes em meio a ambientes de crise e desfrutar de uma vantagem competitiva no mercado.
Prova disso, inclusive, foram as iniciativas ESG implementadas pela China, tal qual o compromisso de se tornar neutra em carbono até 2060, as quais vem auxiliando o país em seu processo de retomada econômica, tornando-o até um case de sucesso do Fórum Econômico Mundial.
E é exatamente em meio a esse cenário que a tecnologia se apresenta como uma grande aliada no processo de implantação, desenvolvimento e mensuração de ações efetivas de transformação, que vão além da digital.
O ano de 2020 nos mostrou que a aplicação da tecnologia foi um fator decisivo para a continuidade dos negócios e as empresas que já haviam iniciado sua jornada de transformação digital ou tinham planos de adoção de novas tecnologias foram muito mais capazes de lidar com os riscos impostos pela pandemia.
Um processo semelhante está se passando com adoção de práticas ESG. As organizações que possuírem um grau de maturidade maior na aplicação da tecnologia conseguirão aproveitar muito melhor os benefícios deste advento.
A adoção de uma cultura ágil, transversal e multidisciplinar aplicada a toda gestão e alinhada às diversas tendências tecnológicas, como inteligência cognitiva, captura de dados para transformá-los em conhecimento, ferramentas colaborativas que permeiam os vários ecossistemas da cadeia de valor da organização dando total transparência de suas ações, automação de processos garantindo sua integridade e confiabilidade, sistemas antifraude auditáveis e inúmeras outras tendências tecnológicas, certamente contribuirão muito para as empresas adequarem seus processos, cultura e gestão, acelerando sua inclusão nas práticas ESG.
Marcos Brum, vice-presidente de Negócios da Softtek Brasil.
ESG FORUM
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