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Painel discute os diferentes desafios que envolvem as mudanças climáticas

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Na abertura do segundo dia do ESG Fórum 2021, nesta quinta-feira, 17, promovido pela TI Inside o painel sobre Mudanças Climáticas debateu os diferentes aspectos dos desafios da sustentabilidade e mostrou sua influência no desenvolvimento das organizações.

Embora nem todas as corporações estejam cientes de seus papéis indispensáveis no combate às mudanças climáticas, os investidores estão começando a prestar mais atenção ao desempenho de sustentabilidade dos negócios. Apesar do crescente número de tópicos sob o guarda-chuva ESG, as mudanças climáticas ainda são vistas como a principal questão de preocupação para uma grande base de signatários do tópico em todo o mundo e um número cada vez maior de investidores está intensificando suas ações por meio de iniciativas climáticas bastante dirigidas.

Conforme explicou o professor do Programa de Pós-Graduação em Administração do Centro Universitário FEI, que atua na linha de Pesquisa em Sustentabilidade, Jacques Demajorovic, a principal questão está focada nos desafios e perspectivas da descarbonização da economia. “Se olharmos para o princípio das motivações vemos que o crescente aquecimento global e suas diversas causas entre elas: as emissões de CO2, queima de combustíveis fósseis e desmatamento entre outras, só contribuem para um horizonte de muita apreensão para o futuro da economia, mesmo sendo elas consequências de seu próprio crescimento”, analisa o professor.

“Grande parte do CO2 e metano lançados no ambiente são gerados em função de atividades econômicas (60%) como a pecuária, manipulação de aterros sanitários, plantações etc. Tudo isso como já sabemos elevam a temperatura global e trazem consequências desastrosas ao Clima da terra”, reiterou.

Daí a grande expectativa das novas gerações de gestores na Descarbonização da Economia que, segundo Demajorovic, é um processo irreversível e urgente. “A transição para uma economia de baixa emissão de CO2 exige avanços e eficiência com uso de novos modelos energéticos renováveis e tecnologia”, ressaltou. “Além disso, empregar novos modelos de gestão como de economia compartilhada e modelos circulares, desmaterialização e foco na transformação de produtos em serviços podem em alguma medida alterar o futuro que agora se vê a frente”.

“Hoje há toda uma nova geração de pessoas que ficam muito mais no compartilhamento ao invés da posse. Muito disso se evidenciou durante este período de pandemia, mas já vinha sendo estimulado pelo uso de meios de transporte alternativos e públicos, o compartilhamento e espaços de trabalho enfim tudo que de alguma forma demonstrasse esse foco em modelos outros mais acessíveis, com resíduo zero, e de integração entre inovação e tecnologia”, apontou.

Ana Letícia Senatore, gerente de Sustentabilidade da Vivo, mostrou um panorama das atividades da maior empresa de telecomunicações da América Latina, quando o assunto é  a questão ambiental.

“Nosso propósito – Digitalizar para Aproximar – define a nossa forma de trabalhar. Ele é sustentado por quatro pilares estratégicos, um deles é o Vivo Sustentável, no qual desenvolvemos ações, práticas e iniciativas que promovem o bem-estar da sociedade. Ser sustentável para a Vivo é estar conectado com as expectativas de uma sociedade e construir uma estratégia pautada na força do negócio para gerar cada vez mais impacto socioambiental positivo e atender às rápidas mudanças do mercado”, informou a gerente da Vivo.

Como forma de assegurar o compromisso em crescer de maneira sustentável, a companhia conta, anualmente, com um Plano de Negócios Responsável, distribuídos pilares de atuação e composto por indicadores e metas a serem alcançados até 2050.

Segundo Ana Senatore em relação às mudanças climáticas, alguns compromissos estabelecidos pela Vivo até 2025 e divulgados recentemente em seu Relatório de ESG que são: reduzir em 90% o consumo de energia por unidade de tráfego (MWh/PB), na comparação com 2015; seguir usando 100% de eletricidade gerada a partir de fontes renováveis; alcançar zero emissões líquidas; reduzir as emissões de CO2 na cadeia de valor em 39% e alcançar emissões líquidas zero até 2040; conseguir que os clientes evitem, com as soluções Eco Smart, a emissão de 5 milhões de t CO2 anuais.

“Resumidamente a companhia trabalha em vários projetos utilizando frentes sustentáveis mantendo o título de empresa com uso de 100% de energia renovável e Carbono Neutro”, explicou.

Um outro aspecto, do mercado financeiro, foi trazido por Matheus Neto, support manager da Diebold Nixdorf, empresa multinacional de tecnologia financeira e de varejo, especializada na venda, fabricação, instalação e serviço de sistemas de transações de autoatendimento.

“Podemos perceber que no segmento financeiro há um crescente interesse nas métricas ESG.  O Guia dos Bancos Responsáveis (GBR) é possível conhecer e comparar as políticas sociais e ambientais que as instituições financeiras publicam. Assim, dos quase 180 signatários em 54 países, fica mais que evidenciado a preocupação do setor na implantação de políticas sustentáveis e programas de ações climáticas de impacto”, ponderou o executivo da Diebold.

Segundo ele, na sua empresa as ações de Sustentabilidade segundo seu mais recente relatório de 2020, o tripé Sociedade, Meio Ambiente e Economia tem como objetivo impulsionar o ambiente de forma positiva seu target de negócios.

“Aqui nós ajudamos os bancos em ações de redução da pegada de carbono por meio de equipamentos que ajudam a otimizar as operações dentro das agências”, disse. Como contou o executivo, hoje o ATM é uma agência completa dentro do Banco, sendo os equipamentos utilizam muito pouca energia elétrica, são produtos duráveis com tecnologias eficientes embarcada. “Além de reduzir o número de visitas às agencia, os equipamentos são desenvolvidos para permitir a reciclagem de cédulas dentro do próprio ambiente, evitando o transporte constante de cédulas por carros de valores além de possibilitar que problemas técnicos sejam resolvidos remota e preditivamente  por meio de aplicativos”, explicou.

Para o executivo ao implementar novas tecnologias com uma perspectiva mais engajada ao meio ambiente, consequentemente a sustentabilidade de todo o ecossistema estará garantida a longo prazo.

Outra área que está no olho do furacão do meio ambiente é o agronegócio. E como é claro o aumento da produtividade sem impactos negativos com gestão de risco e dentro das métricas do ESG, constituem um dos principais estímulos para os gestores.

Conforme apontou Rafael Gomes, Diretor de Operações da Agrotools, se de um lado o agronegócio é responsável pela geração de empregos e prosperidade de um grande número de pessoas, contribuindo com 10% dos gastos globais de todas as economias, também é responsável pelos impactos mais acentuados e pela emissão de gases na atmosfera.

No Brasil o agrobusiness representa 26% do PIB, 1/3 dos empregos do país e 43% das exportações nacionais. “Por isso que soluções digitais impactam sobremaneira nos negócios e também para toda a cadeia. Pensando no trabalho com a manipulação de alimentos, questões sobre contaminação, inspeções de qualidade e controle da cadeia produtiva acabam tendo relação com a segurança dos alimentos e, consequentemente, trazem alertas para a introdução de doenças por este meio.  Estamos presenciando um movimento que está ocorrendo no mundo todo. Vemos pressões externas de investidores para a divulgação e o desempenho do ESG, pois as informações contidas apoiam as tomadas de decisão. Em contrapartida, empresas que já fazem uso normalmente se beneficiam de uma forma ampla e contempla ambientes de controle mais fortes, o que as torna mais atrativas e geram maior retenção de funcionários, que buscam por companhias que impactam positivamente e que tenham um propósito”, concluiu.

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