Estaleiro São Miguel adota sistema de coleta de informações operacionais

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Impulsionada pela demanda da indústria petrolífera e com perspectiva de um cenário bastante promissor até 2020, a indústria naval brasileira investe em tecnologia da informação (TI) para aumentar a eficiência e otimização dos projetos que desenvolvem.

O Estaleiro São Miguel, por exemplo, adotou no ano passado um sistema baseado na plataforma web, que permite o levantamento de informações operacionais sobre ordens de serviços executadas pelas equipes de trabalho durante as etapas dos projetos.

A solução adota pelo estaleiro do Rio de Janeiro, que pertence ao Grupo Bravante, foi desenvolvida pela Aptus Tecnologia da Informação, de São Paulo.

Os dados obtidos diariamente por técnicos e encarregados através de coletores são tabulados e consolidados em relatórios que aponta ajustes e direcionamentos nos projetos.

Um das vantagens proporcionadas pelo sistema, que opera tanto online quanto offline, é o ganho no tempo de soluções propostas e no controle total dos projetos, aponta Sandro Vertoni, diretor comercial da Aptus.

Segundo ele, o principal objetivo é garantir a maior eficiência em um determinado projeto, a partir da análise do tempo de trabalho empregado para cada etapa, e a mensuração das horas produtivas.

"A área naval é muito manufaturada, quase artesanal. Precisávamos de um sistema de apontamento de horas de trabalho eficiente, com respostas rápidas. Por isso procuramos uma empresa de TI no mercado", revela Edson Salles, coordenador de planejamento e controle de produção do Estaleiro São Miguel.

Os estaleiros brasileiros estão em busca da excelência contínua de seus processos gerenciais. Estima-se que no Estado do Rio de Janeiro foram investidos R$ 2 milhões no ano passado na compra de materiais, equipamentos e serviços de fornecedores locais.

Em junho deste ano, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) lançou, em todo o País, uma chamada pública destinada a apoiar projetos entre instituições de pesquisa científica e tecnológica e empresas do setor de navipeças – navegação interior, cabotagem e longo curso.

Os investimentos nos projetos totalizam R$ 41 milhões destinados às novas tecnologias e equipamentos da indústria naval brasileira, provenientes do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

O objetivo é aumentar o índice de nacionalização das embarcações de produção brasileira e a empregabilidade da área, cujos porcentuais do primeiro trimestre cresceram mais de 14%, segundo Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

As expectativas para o setor nos próximos anos são ainda mais promissoras: com o pré-sal, indústria de óleo e gás dobrará a participação no PIB brasileiro, passando de 10% para 20% até 2020, enquanto a indústria naval e offshore prevê faturar US$ 15 bilhões por ano no período.

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