Oi terá novo backbone entre São Paulo e Fortaleza

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    A Oi anunciou nesta quarta, 15, que vai construir um novo backbone de mais de 3 mil km ligando as cidades de Fortaleza (onde ficam as principais rotas de cabos submarinos) e São Paulo, em parceria com a Alcatel-Lucent (ALU). Será uma rede de transporte ótico OTN, projetada para oferecer capacidade inicial de 2,2 Tbps quando for inaugurada em 2015, expansíveis para 8 Tbps. A Oi já tinha a fibra ótica ligando as duas cidades, mas que até então utilizava a tecnologia DWDM. O projeto vai substituir os equipamentos nas pontas e ao longo da rede de fibra por equipamentos OTN.

    De acordo com o presidente da ALU no Brasil, Javier Falcon, o backbone contará não apenas com aumento de capacidade, mas com maior resiliência. "A tecnologia OTN promove a restauração de tráfego em milissegundos, bem melhor do que a DWDM", disse o executivo. Isso garante também aplicações sensíveis, como trabalhos de missão crítica e vídeo diferenciado.

    O contrato da Oi com a Alcatel-Lucent envolve também o redesenho da plataforma de atendimento aos clientes para serviços IP, o que permitirá o uso dos mesmos elementos de rede para o tráfego residencial, corporativo e móvel. A infraestrutura, que deverá atender à demanda de tráfego de 3G, vídeo e acesso fixo, deverá ser concluída em três anos.

    A rede terá também uma plataforma de atendimento aos assinantes focada em simplificação, disponibilidade e convergência de rede. A transmissão ótica passou por remodelagem das camadas hierárquicas, dividindo a arquitetura em core, para todo o tráfego IP,  e Edge. Esse tráfego IP será gerenciado com uma o inner core e o outer core, ou Internet Gateway (IGW). Falcon explica que o primeiro tipo de núcleo se trata da primeira aplicação do tipo no País e carregará todo o tráfego da Internet da companhia. "São roteadores de altíssima capacidade e processador de 400 Gbps", detalha.

    Já no Edge, a tarefa é de simplificação de rede com a arquitetura Single Edge, agregando serviços IP e funções para atender de forma integrada e simultânea a usuários corporativos, residenciais e móveis ao mesmo tempo. "Com isso, a Oi terá menor Capex, menor Opex e mais eficiência com a simplificação da rede", garante o executivo da Alcatel-Lucent. O projeto anunciado hoje está em linha com o discurso do presidente interino da Oi, Bayard Gontijo, de que a operadora busca formas de simplificar sistemas e processos para diminuir custos operacionais.

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