De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entre os meses de janeiro e agosto de 2023, ocorreu o maior índice de migração de consumidores do ambiente regulado para o mercado livre de energia elétrica, totalizando 4,8 mil migrações, em comparação com 2,9 mil clientes no mesmo período do ano anterior. Segundo o Gerente da CAS Tecnologia, Octavio Brasil, os maiores aderentes ao mercado livre são indústrias e empresas de médio e grande porte, devido à regulamentação que estabelece uma demanda mínima de 500 kW.
"Para as empresas, é importante ter a liberdade de negociar contratos de energia elétrica com diferentes fornecedores, pois isso oferece a possibilidade de escolher conforme os preços e conforme o tipo de geração da energia, como aquelas provenientes de fontes limpas e renováveis, como eólica, solar e biomassa, por exemplo. Essa flexibilidade permite um controle mais eficaz sobre os custos de energia e a busca por alternativas sustentáveis e econômicas", complementa Brasil.
De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, um estudo revelou que 63% dos países já oferecem o mercado livre de energia como uma opção para toda a população. Entre os países líderes nessa modalidade estão o Japão, Alemanha, Coréia do Sul, França e Reino Unido. Nos Estados Unidos, 23 dos 50 estados possuem um mercado aberto para todos os consumidores.
Conforme ressalta o gerente da CAS Tecnologia, a adoção de novas tecnologias, como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, Big Data, entre outras, desempenha um papel fundamental no aumento do controle e na eficiência do potencial crescente do mercado livre de energia. Com isso, a exemplo do que já acontece em alguns países, um dia será possível oferecer essa opção para toda a população brasileira. Ele acredita que o sucesso passa pela implementação avançada de soluções inteligentes e integradas.
"As novas tecnologias favorecem a expansão do mercado livre de energia elétrica, possibilitando maior economia, controle e eficiência. Através das redes inteligentes (Smart Grids) sistemas avançados de gerenciamento de dados de distribuição e consumo de energia, assim como processos automatizados que melhoram a qualidade dos serviços prestados, os consumidores poderão monitorar e controlar seu consumo de energia com maior precisão e consciência", finaliza Brasil.