A tecnologia DWDM como alternativa para os provedores ampliarem redes físicas

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Ao mesmo tempo em que o consumo de internet não para de aumentar, fruto da transformação digital acelerada pela pandemia, as empresas provedoras de infraestrutura e conectividade se preparam para mais um salto gigantesco no crescimento do tráfego de dados.  Isto vai acontecer com a chegada da tecnologia 5G e sua capacidade de atender a uma quantidade muito grande de gadgets, enviando e recebendo dados simultaneamente, mais do que as tecnologias e os equipamentos atuais conseguem.

Para se ter uma ideia de como deve ser este ecossistema, um relatório da ONU publicado em janeiro de 2021, apontou que o número de pessoas que usam a Internet no mundo atingiu 4,66 bilhões – um aumento de 316 milhões (7,3%) em relação a janeiro de 2020.

Atualmente, a taxa de penetração global da Internet é de 59,5%, ou seja, mais da metade das pessoas no mundo precisam cada vez mais da rede mundial de computadores para trabalhar, estudar e se divertir. E esse número deve crescer de forma ainda mais acelerada nos próximos anos.

Mas, como os ISPs vão atender este aumento de demanda? Qual a capacidade técnica e econômica de cada um, em sua respectiva região, para investir na ampliação da rede física de fibra óptica ou mesmo de antenas, para anteder a todos os usuários? Afinal, há um contraponto neste crescimento de demanda que é a reduzida capacidade financeira dos consumidores finais, o que gera um ticket médio bem inferior na compra de planos de internet, sobretudo nas regiões mais afastadas dos grandes centros.

A tecnologia DWDM pode ser uma excelente alternativa, tanto para manter a base de clientes que estão consumindo mais dados, quanto para possibilitar a entrada de novos consumidores, além de ampliar a oferta de novos negócios multiplicando muito a capacidade da rede de fibra óptica.

DWDM é a sigla para o nome Dense Wavelength Division Multiplexing (ou Multiplexação Densa por Divisão de Comprimento de Onda). Essa tecnologia foi desenvolvida com o objetivo de otimizar o uso da fibra óptica, multiplicando o número de canais como um prisma dentro da fibra.

Ela tem sido procurada por clientes que precisam expandir sua capacidade de fornecimento de internet para atender ao crescimento exponencial da demanda, e que precisam ampliar essa nova infraestrutura e compra de novos equipamentos. Geralmente, esta realidade se apresenta para os ISPs que registram tráfegos a partir de .

Um ponto importante sobre a oportunidade de um projeto de DWDM é a questão da latência. Por usar simplesmente luz, não existe necessidade de empacotamento e desempacotamento de informações (diferentemente de tecnologias como roteadores, por exemplo), e isso faz com que a latência diminua e portas se abram para novas demandas de consumo, como as que surgirão e se desenvolverão no cenário pós- 5G.

A partir dessas tomadas de decisões, o provedor consegue expandir sua base, aumentar a receita, gerar negócios para outros provedores menores e acompanhar o aquecimento do mercado, já se preparando para o 5G, que demandará mais conexões de qualidade para um número ainda maior de dispositivos conectados, incluindo devices com tecnologia IoT.

Letícia Ferreira, arquiteta de Soluções da ConnectWay.

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