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O que aguarda a TI em 2019?

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Há exatamente um ano fizemos projeções sobre quais seriam as principais tendências tecnológicas em 2018. Naquela época vivíamos um clima de incertezas política e macroeconômica, mas ainda assim acreditávamos que o mercado de TI no Brasil não deixaria de fazer os investimentos necessários para se manter competitivo. Projetamos o início da adoção de redes baseadas em intenção, a disseminação de projetos envolvendo Internet das Coisas (IoT), a crescente preocupação com a segurança digital, o uso de blockchain em soluções de IoT, além do uso cada vez maior de aplicações envolvendo inteligência artificial.

Hoje, avaliamos que essas projeções se confirmaram durante o ano que se passou. Ainda que em um volume um tanto mais tímido do que inicialmente esperado, as empresas brasileiras continuaram a investir em inovação. Em especial, na edição de 2018 de nossa pesquisa IoT Snapshot, constatamos que 59% dos respondentes realizaram investimentos iniciais em projetos de IoT (frente a 35% na pesquisa de 2017).

Para 2019, além da continuidade das tecnologias mencionadas anteriormente, gostaria de destacar as tendências tecnológicas que causarão impacto no aumento de produtividade do desenvolvimento de aplicativos e/ou na experiência de seus usuários. São elas:

1)        Microsserviços

O desenvolvimento de software usando a arquitetura de microsserviços (um aplicativo construído como um conjunto de funções ou serviços que podem ser ativados de forma independente) já começa a se tornar a norma de mercado. Em 2019, haverá uma grande oferta de funções na modalidade “as a service”. Gestores de TI que estejam desenvolvendo novos aplicativos irão se beneficiar destas ofertas, aumentando significativamente a produtividade. Possivelmente, haverá também um movimento de migração de sistemas legados para arquitetura de microsserviços.

2)        Ferramentas de desenvolvimento de software baseadas em IA

As ferramentas de desenvolvimento de software que precisam de pouca codificação (low code) e utilizam muita interface visual já são populares no mercado de TI. A evolução dessas ferramentas é a inclusão de inteligência artificial para facilitar ainda mais a produção de aplicativos. Ferramentas de desenvolvimento que são capazes de gerar código automaticamente, baseado em necessidades de negócios, serão cada vez mais comuns. O Gartner, em suas projeções para 2019, sugere que tais ferramentas causarão uma mudança de paradigma no desenvolvimento de software, tornando a produção de aplicativos menos dependente de desenvolvedores especialistas e cientistas de dados.

3)        Realidade Digital

A Realidade Digital (RD) é um conjunto amplo de tecnologias que simula digitalmente a realidade. Realidade Virtual, Realidade Aumentada e Gêmeos Digitais são exemplos de tecnologias de RD. Cada vez mais presente no cotidiano, principalmente no setor de entretenimento, a RD será adotada nos mais diversos setores do mercado. A RD tem o potencial de aumentar significativamente a produtividade, pois possibilita reduzir custos e riscos, principalmente em situações onde testes em campo são muito caros, por exemplo nas indústrias de mineração e de construção, e setores de serviços como saúde e manutenção.

4)        Computação de borda

A Computação de borda, ou edge computing, como o Gartner tem chamado, é uma arquitetura de redes de computadores onde o processamento ocorre mais próximo do usuário, melhorando a experiência (menor latência) e diminuído custos de comunicação (menor quantidade de dados enviados à nuvem). Por exemplo, em uma aplicação de segurança patrimonial envolvendo análise de vídeo (vídeo analytics) para identificar padrões de comportamento (ex. movimentos suspeitos), o custo de comunicação e/ou o tempo de reação necessário podem inviabilizar o processamento analítico na nuvem e, portanto, ela se beneficiaria de uma arquitetura de edge computing.

Se em um primeiro momento a arquitetura edge computing se propõe a melhorar os problemas de conectividade, em um segundo momento, com o surgimento das redes 5G, o edge computing passa a desempenhar um papel ainda mais interessante, que é o de compartilhar recursos computacionais com o cloud computing (nuvem), criando uma a arquitetura híbrida que podemos descrever de forma metafórica como uma grande neblina (fog computing). A adoção de edge computing deverá se intensificar a partir de 2019, inclusive com oferta dos grandes provedores de nuvem neste sentido.

5)        Processos de desenvolvimento

Não é uma tecnologia, mas é importante mencionarmos os processos de desenvolvimento. Para tirar proveito dos microsserviços e de edge computing, por exemplo, as empresas precisam remodelar processos e adotar cada vez mais práticas ágeis e Devops. Estas metodologias já vêm sendo adotadas nas áreas de TI, e  devem permear todos os setores das corporações, inclusive o de negócios, trazendo ganhos sistêmicos de ponta a ponta.

Julian Nakasone, diretor de Soluções de TI da Logicalis.

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