CUT e Força declaram apoio à compra da BrT pela Oi

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical não oferecerão resistência à compra da Brasil Telecom pela Oi (ex-Telemar). Segundo os sindicalistas que participam do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já houve a garantia de que não haverá demissões de trabalhadores. A informação foi dada na sexta-feira (15/2) pelo sindicalista João Felício, representante da CUT no conselho do BNDES. Esse é também o posicionamento do representante da Força Sindical no conselho, o advogado Ricardo Tosto.

A compra da Brasil Telecom pela Oi não estava na pauta do conselho. A questão foi levantada por Felício ao indagar ao presidente do banco, Luciano Coutinho, se a nova empresa irá provocar desemprego. Segundo Felício, que é secretário de Relações Internacionais da CUT, não há nenhuma resistência ao negócio dentro do conselho.

?Sobre essa questão não há [resistência]?, afirmou Felício. Ele enfatizou que o exame da parte técnica da operação será feito pelo banco. ?O debate sobre o mérito do projeto cabe à direção do banco. O que fazemos no conselho de administração é questionar a parte trabalhista de qualquer empréstimo.?

Questionado se a criação de um gigante da telefonia no país não representaria o risco de monopólio, Felício argumentou que a formação de um grupo genuinamente nacional não é ruim. Felício avalia que a operação de compra da Brasil Telecom pela Oi será positiva para o Brasil na medida em que ampliará a competição, inclusive com empresas estrangeiras que vierem a se instalar no país. ?Essa empresa vai competir com a Claro, a Vivo, a TIM. Não haverá concentração e os empregos vão aumentar. Isso é que é fundamental?, declarou.

Ricardo Tosto garantiu, por sua vez, que a Força Sindical começa a reavaliar o projeto. ?Vamos apoiar qualquer negociação que não afete projetos de infra-estrutura e emprego?, declarou. O diretor da Força Sindical, Herbert Passos, salientou que o BNDES informou que não haverá comprometimento de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reiterou que só poderá se pronunciar sobre a fusão da Brasil Telecom com a Oi ?se e quando houver um fato relevante a respeito desse assunto?. Por uma questão de sigilo bancário e atendendo à determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ele disse não poder se manifestar sobre a matéria. Caso seja concretizada, a compra da Brasil Telecom poderá envolver financiamento do BNDES em torno de R$ 2,5 bilhões.

Com informações da Agência Brasil.

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