A visão de investimento sobre os projetos de TI

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A questão sobre os investimentos em projeto de TI é antiga, o drama presente em reuniões dos executivos pelo mundo todo é como conseguir o ROI (return of investment) em projetos desta natureza.

Como o mundo não pode parar e TI necessita suportar as áreas de negócio, o calvário para se conseguir a aprovação para investimentos sem uma análise que suporte claramente qual será o retorno permanece, diferentes abordagens para se conseguir a aprovação são utilizadas, para cada projeto é necessária uma explicação diferente juntos aos executivos.

A pergunta que se deseja responder é porque esse cálculo para TI é mais difícil de ser realizado quando comparado com outros investimentos?

Se considerarmos as pesquisas realizadas e validadas pelo Gartner, Fundação Getúlio Vargas, entre outros, apontam que o investimento em TI é muito caro, com essa avaliação é natural que os gestores prestam mais atenção e queiram aumentar o controle, por outro lado quem vai pagar a conta que é a área de negócio, até pela sua falta de conhecimento de TI, questione, para que eu preciso disso e ainda mais nesse preço?

Quando essa pergunta é colocada na mesa, normalmente em períodos de elaboração de orçamento o desespero corporativo é conseguir justificativas razoáveis e que não tenham nenhum tipo de "maquiagem" pela área financeira.

O maior desafio dos gestores de TI quando apresentam projetos que envolvem a aquisição de soluções de hardware, software, pessoas e etc. é conseguir associar os custos com os benefícios que o projeto irá gerar para a área de negócio, e esse é o grande problema, como conseguir modelar esses benefícios, principalmente quando eles são intangíveis.

O que já se conseguiu ter um consenso é que os investimentos de TI trazem benefícios, alguns mensuráveis que podem ou não ser positivos e outros que são imensuráveis e aí a discussão parece que será eterna, para piorar parte dos benefícios tem relação com outras variáveis que não estão sob a gestão de TI, podemos exemplificar as mídias sociais corporativas.

O que vem recebendo aceitação por muitas empresas em todo mundo é que antes de sair investindo alucinadamente é importante classificar os projetos de TI em categorias:

1. Necessários para a operação do negócio, também apelidado de projetos baseados no medo;

2. Projetos que irão melhorar a operação do negócio, ou apelidados de projetos baseados em fatos

3. Projetos que farão a empresa a ter novos negócios, baseados na fé que darão certo que trarão novos mercados.

Alguns institutos recomendam que o primeiro tipo de projeto que chega até a 70% dos projetos nas empresas, não deveria ter foco em ROI, mas sim na relação preço e performance, ou seja, quanto TI vai repassar para a área de negócio em custos para manter o SLA negociado, assim projetos com essas características poderão ser facilmente avaliados, pois baseiam-se em redução de custos para a área de negócio.

Para os outros tipos de projeto o que são minoria, o drama ainda continuará, fluxo de caixa, cálculos de custos versus benefícios tangíveis ou não, ainda permanecerão em pauta para a aprovação desses tipos de projetos, quem sabe um dia tanto a área de TI vai entender as demandas e anseios de negócios, como negócio entenderá porque precisa de tanto investimento em TI para ser atendida.

Alberto Parada, co-fundador do Descomplicado Carreiras (Sistema de orientação de carreira), Colunista e Palestrante especializado em carreiras, atua há mais de 25 anos como executivo no mercado de tecnologia em empresas como: Sênior, IBM, Capgemini, Fidelity, Banespa, e mais de 12 anos como Professor Universitário no Lassu-USP FAAP e FIAP. Formação em administração de empresas e análise de sistemas, com especialização em gerenciamento de projetos e mestrando em Gestão de Negócios pela FIA, voluntário no HEFC hospital de retaguarda para portadores de Câncer.

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