A Lei de Inovação Tecnológica, que foi aprovada
no ano passado e prevê incentivos para as empresas investirem em projetos de ciência e tecnologia, será implementada no segundo semestre deste ano. A garantia foi dada nesta quinta-feira (18/5) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, no Rio de Janeiro, onde participou do 18º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos, que discute o crescimento do país.
O ministro explicou que a implementação da lei estava atrelada ao orçamento da União para este ano. Agora que o Congresso Nacional aprovou, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o orçamento, não há mais impedimento, afirmou Rezende. Ele disse que, em julho, o governo começa a divulgar as linhas de financiamento disponíveis e que o orçamento da ciência e tecnologia para 2006/2007 está entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões. A prioridade será para as micro e pequenas empresas.
Rezende enfatizou que, além de oferecer incentivos para as empresas que investirem em ciência e tecnologia, a lei estimula as empresas a fazerem parcerias com universidades e centros de pesquisas e, assim, desenvolverem produtos de melhor qualidade para competir no mercado internacional. "O brasileiro é muito criativo, mas nossa criatividade aparece muito nas artes, na música e no futebol. Nossos pesquisadores mostram que também é possível criar na área científica, mas precisamos de muito mais pesquisadores, principalmente nas empresas, onde são feitas as inovações dos produtos", disse.
O ministro informou que, embora o Brasil tenha uma das maiores comunidades científicas entre os países em desenvolvimento, o número de empresas que investem em inovação tecnológica é muito baixo. Na palestra no 18º Fórum Nacional, Rezende citou pesquisa do IBGE, segundo a qual em um universo de 80 mil empresas existentes no país, apenas quatro mil tem atividades consideradas de inovação.
Para ratificar a importância dos investimentos em inovação tecnológica, Rezende citou o exemplo da Coréia do Sul. Segundo ele, a Coréia fez, na década de 80, o que o Brasil está fazendo agora: criou mecanismos para estimular as pesquisas e, economicamente, cresceu quatro vezes mais do que o Brasil.
Com informações da Agência Brasil.