Nesta segunda-feira, 18, a Polícia Federal realizou a operação Turko, a primeira ação contra a pedofilia na internet, após a edição da lei que especifica melhor os crimes de pedofilia na web, estipulando inclusive prisões para quem armazenar conteúdo pornográfico infantil. Porém, as operadoras de telefonia atrapalharam a atuação da polícia.
A afirmação partiu do presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), e do delegado da Polícia Federal Carlos Eduardo Sobral, da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos. Ambos criticaram as companhias telefônicas pela demora em prestar informações solicitadas de usuários da internet que utilizam os serviços de conexão para divulgar imagens de pornografia infantil.
"Nosso grande problema são as teles. Fizemos quebra de sigilo telefônico de quase 3 mil perfis e os dados demoraram 120 dias para chegar e ainda vieram errados", reclamou Malta.
As autoridades querem firmar um termo de ajuste de conduta com as operadoras para que cooperem com o governo, na identificação dos usuários que praticam o crime de pedofilia na internet. O objetivo principal é garantir a prestação de informações com mais rapidez.
"Hoje o prazo varia de semana a meses. Há casos de três ou quatro meses [de demora das operadoras em prestar informações] o que inviabiliza qualquer investigação. Precisamos de uma informação em questão de horas quando envolver risco à vida e em questão de dias quando envolver uma investigação tradicional", comparou o delegado Sobral.
Durante a Operação Turko, deflagrada nesta segunda para combater crimes de pedofilia na internet, a PF prendeu oito pessoas em flagrante pela posse de material indevido e deverá cumprir 92 mandados de busca e apreensão. A promessa é de que se trata da primeira de uma série de operações de combate à pedofilia na internet que serão desencadeadas futuramente.A CPI e a PF focam o combate à pedofilia no monitoramento de sites de relacionamento social, como o Orkut. As informações são da Agência Brasil.
- Dificuldades pontuais