Baidu e Huawei firmam acordos com governo brasileiro para cooperação em TI

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Durante visita do presidente chinês, Xi Jinping ao Brasil, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, e o presidente executivo do Baidu, Robin Li, e o presidente da Huawei Região Sul da América do Sul, Li Ke, firmaram uma série de acordos, em cerimônia de assinatura de 32 atos de cooperação entre os dois países, no Palácio do Planalto.

Dois desses acordos preveem a instalação de centros globais de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das companhias chinesas no país. "Essas parcerias vão aumentar as atividades dessas empresas por aqui e também o intercâmbio de pesquisadores", explicou o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida. "A China já é o maior parceiro comercial do País e agora procuramos ampliar as cooperações intelectuais, em áreas avançadas de ciência e tecnologia, e esses são dois exemplos concretos disso."

Ferramenta de buscas

Campolina e o presidente do Baidu assinaram um memorando de entendimento sobre a cooperação técnica e científica entre o MCTI e a empresa responsável pelo maior serviço de busca na internet do país asiático. Em seguida, os dois governos lançaram a ferramenta para o mercado brasileiro, com a digitação das palavras "Brasil" e "China", em português.

A parceria tem objetivo de promover o desenvolvimento dos serviços e da tecnologia de internet no país e, na opinião de Almeida, pode ajudar a diversificar a oferta de ferramentas de busca ao público nacional. "Como a Google tem o domínio completo do mercado, a vinda do Baidu é importante para atrair competição", diz. "A partir de agora, o buscador chinês vai oferecer interface em português, desenvolver produtos e ter mais a 'cara' do Brasil."

De 2014 a 2017, o Baidu planeja investir cerca de R$ 120 milhões na implantação de um centro de P&D, a ser iniciado com o sétimo laboratório avançado de internet da empresa no mundo.

Atualmente, a companhia possui três unidades na China, uma no Vale do Silício, nos EUA, uma em Cingapura e outra no Japão. No Brasil, as atividades devem se concentrar em mineração de dados, aprendizado de máquina e personalização de produtos e serviços.

"Eles escolheram áreas relevantes e avançadas de tecnologias da internet", observa o secretário. "Mineração de dados, ou 'data mining', significa descobrir relações dentro de um universo muito grande de dados; aprendizado de máquina, ou 'machine learning', é um tratamento desses dados para encontrar padrões que interessam; a terceira área inclui tecnologias a fim de personalizar produtos e serviços do Baidu para a cultura brasileira e a língua portuguesa."

Dados digitais

Com o protocolo de intenções assinado por Campolina e pelo presidente da Huawei na América do Sul, Li Ke, a fabricante chinesa de equipamentos para redes e telecomunicações se compromete a aplicar R$ 200 milhões em três anos na criação de um centro de P&D, com investimentos em áreas como computação em nuvem, big data, cibersegurança e aplicações móveis.

Para as tecnologias de big data – conjunto de soluções capaz de lidar com dados digitais em grande volume, variedade e velocidade – e computação em nuvem, segundo Virgilio Almeida, a Huawei estaria interessada em aplicações para a área de saúde, principalmente, além de educação e governo eletrônico.

O acordo tem como objetivos a realização de pesquisa, desenvolvimento e inovação de software e serviços de tecnologias da informação (TI), o aumento da competitividade e a melhoria da posição internacional do Brasil em TI, a promoção do empreendedorismo no mercado nacional e a viabilização do setor como um dos pilares do desenvolvimento.

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