A fabricante chinesa de PCs Lenovo terminou o primeiro trimestre do ano fiscal 2016-2017, encerrado em 30 de junho, com lucro liquido de US$ 173 milhões, o que representa um crescimento de 64% na comparação com os US$ 105 milhões registrados em igual período do exercício fiscal anterior.
O lucro operacional teve expansão maior ainda, de 157%, saltando de US$ 96 milhões um ano antes para US$ 245 milhões, superando as estimativas de analistas, mas apenas por causa da venda de um imóvel em Pequim, na China. Durante teleconferência com analistas, executivos da empresa disseram que 49% do montante, ou US$ 120 milhões, foram obtidos com a venda da propriedade.
Já as vendas de PCs e dispositivos móveis continuaram a declinar. O reflexo disso é que a receita da empresa registrou queda de 5,6%, para US$ 10,1 bilhões, ante US$ 10,7 bilhões contabilizados no primeiro trimestre do ano fiscal de 2015-2016.
A Lenovo considera a venda de imóveis como resultado operacional, ou seja, são operações fazem parte das atividades operacionais da empresa. “Vamos continuar a olhar para essas oportunidades de monetização de ativos para financiar alguns de nossos investimentos para impulsionar nosso crescimento do negócio”, disse durante a teleconferência o diretor financeiro (CFO) da empresa, Wong Wai Ming.
O lucro operacional de US$ 245 milhões superou as expectativas de US$ 187 milhões, segundo a Thomson One Analytics. Isso também fez com que os ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) da Lenovo saltassem quase 4% nesta quinta-feira, 18, negociados a US$ 14,24.
A empresa está enfrentando as mesmas dificuldades que afetam seus rivais. Em nível mundial, as vendas de PCs diminuíram 4,5% no trimestre e o crescimento no mercado de smartphones recuou 0,3%, segundo a empresa de pesquisas IDC. Além disso, a Lenovo admitiu que a integração da Motorola Mobility e da divisão de servidores adquirida da IBM tem sido mais difícil do que o esperado.
