Alibaba diz ter reservado US$ 20 bilhões para comprar Yahoo

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O presidente-executivo do gigante do comércio eletrônico chinês Alibaba Group, Jack Ma, afirmou à imprensa internacional que a empresa tem US$ 20 bilhões em caixa para comprar o Yahoo. A transação inverteria a composição de forças das duas empresas, dado que o site chinês de comércio eletrônico havia recebido um aporte de US$ 1 bilhão do Yahoo em 2005, com finalidade de reforçar a competitividade com o eBay na China. Hoje, o Yahoo possui 40% do capital do Alibaba.

No início do mês, durante um evento na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, Ma havia afirmado que estava em negociação para adquirir o Yahoo, que vem amargando resultados ruins e passa por uma reestruturação após a saída de Carol Bartz, demitida em setembro do cargo de CEO, em meio ao descontentamento dos investidores com o desempenho da empresa.

O mau momento que atravessa o Yahoo pode ser verificado pela queda da receita com publicidade on-line, dado que esta é a principal fonte de recursos da companhia. Um executivo da Omnicom, um dos maiores grupos internacionais de agências de publicidade, afirmou ao The Wall Street Journal que as inserções de anúncios no Yahoo e em seus serviços estão estáveis e tendem a diminuir. Ele explicou que, embora os anunciantes vejam o Yahoo como uma boa maneira de atrair audiência, não é mais uma “mídia indispensável”. A receita anual do Yahoo com publicidade é de US$ 4 bilhões, excluindo o pagamento de comissão a parceiros de negócios.

Embora o mercado publicitário acumule crescimento de 20% no ano, analistas preveem uma certa estabilidade ou um aumento bem pequeno no terceiro trimestre. Desde que Ma manifestou a intenção de comprar o Yahoo, no início deste mês, as ações da empresa subiram 19%.

Resultado

No terceiro trimestre, o Yahoo registrou queda de 24% na receita, para US$ 1,21 bilhão, e de 25% no lucro líquido, que totalizou US$ 298 milhões. O CEO interino e diretor financeiro da companhia, Tim Morse, afirmou que está satisfeito pelo fato dos resultados serem “acima do consenso deste trimestre” e reafirmou o foco para retomar a lucratividade da empresa. As despesas com reestruturação interna custaram US$ 2,72 bilhões.

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